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Thiago Braga

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Entender a história da guerra é entender a história dos homens. Uma nova coluna todo domingo.

Games Edu: o gamer que enfrentou dragões “não binários”

Games Edu criticou Dragon Age: The Veilguard
Games Edu criticou o jogo "Dragon Age: The Veilguard" por seu wokismo. (Foto: Games Edu/YouTube)

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Em uma parte do jogo, um dragão chega numa mesa com outros dragões que estão jantando. Ela chega com um prato enorme de... vegetais na mão. Mas, não bastasse essa mudança dietética drástica dos dragões que sempre estiveram no imaginário mundial, a cena seguinte quebra no meio as leis mitológicas dos dragões: ela se senta e diz que é não binária. Assim mesmo, do nada!

O novo jogo Dragon Age: The Veilguard veio ousado e lavado na cultura woke. No jogo, não existe mais a famosa categoria “mago”, típica de jogos de RPG; agora você joga com “magues”. Além disso, se você escolher ser não binário no jogo, você terá conversas não binárias exclusivas, além de escolher os pronomes elu/delu para representar sua ausência binária de gênero.

A esmagadora maioria dos gamers no mundo não gostou de Dragon Age: The Veilguard e o identitarismo woke é um dos grandes problemas dele

Como era de se esperar, essa experiência forçada tem desagradado a maior parte dos fãs do jogo. Se olharmos o metacritic do jogo, percebemos isso de maneira objetiva. Até o dia do lançamento desta coluna, 63% dos jogadores de PS5 não gostaram do jogo; no Xbox Series X, 62%; no PC, 79%. Isso mostra o fracasso total do jogo perante o público. Do outro lado, temos outro padrão se repetindo: a crítica “especializada” aprovou o jogo em 82% das reviews, o que não é novidade também.

Inclusive, o maior gamer do Brasil passou por um “cancelamento” recentemente por dar sua opinião franca sobre o jogo. Eduardo Vieira, conhecido como Games Edu, tem o maior canal de games do YouTube, com 12,2 milhões de fãs (incluindo este colunista). Ele mostrou sua insatisfação em um vídeo chamado “3 jogos podres que já joguei esse ano”, e no primeiro lugar está Dragon Age: The Veilguard. Ele comenta no vídeo: “eu só queria curtir o jogo de boa, e não ficar tomando bandeirada na cara, lição de moral de pronome... Estamos lacrando amiga, estamos lacrando!” Em seguida ele expressa sua indignação: “Ah, dá um tempo, pô, eu comprei o jogo, paguei 250 pila nele. Aposto que o pessoal que apoia essas pautinhas nem compra o jogo”.

Ele não está sozinho nessa crítica. Como mostrei acima, a esmagadora maioria dos gamers no mundo não gostou do jogo e esse identitarismo woke é um dos grandes problemas dele. Eu concordo com essa crítica. Como já expressei várias vezes aqui na Gazeta e em vídeos nos meus canais, muitas mídias querem empurrar goela abaixo suas pautas identitárias, destruindo a fluidez e o engajamento do jogo para agradar uma minoria que muitas vezes nem vai jogá-lo. O jogo é feito para o público, e ele tem o direito de criticar se não gostar. Existe uma indústria bilionária por trás disso; muitos estão quebrando por causa disso. Mas nem todos os influenciadores gamers têm a coragem de desabafar e fazer uma critica construtiva como o Edu fez. O barulho pode ser grande e o medo, maior ainda. Mas fiquemos satisfeitos, porque o maior deles fez!

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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