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Como vimos na coluna anterior, comunistas têm usado como fonte para seu negacionismo histórico um senhor chamado Douglas Tottle, um fotógrafo comunista (surpresos?), como principal fonte de estudo para negar o holodomor. O argumento se baseia puramente no fato de ser uma “propaganda nazista”.
Sim, se você acha que é um argumento porco e pernicioso, você está certo! A razão é muito simples: existem centenas de estudos novos e atualizados nos últimos 30 anos que enterram essa balela de “propaganda nazista”. Vamos apenas dar ao diabo seu mérito: basicamente o Douglas Tottle teve um ponto relevante nesse “livreco”: mostrar que algumas fotos que estavam sendo divulgadas nos jornais não eram da fome de 30, mas da fome de 20. Palmas para ele! Fora isso, o resto do livro dele, é resto! Aliás, por que alguém precisaria citar as matérias de Hearst e Walker, se os ucranianos e a humanidade já têm um herói que mostrou o Holodomor para o mundo de verdade? Senhoras e senhores, saúdem o irlandês fofo mais determinado conhecido como Gareth Jones.
Ele fez três viagens pessoalmente à União Soviética entre 1932 e 1933, principalmente na Ucrânia fazendo o primeiro estudo de história social sobre o Holodomor, coletando testemunhos, analisando documentos, tirando fotos. Ele foi o único jornalista que teve coragem de denunciar o Holodomor colocando seu próprio nome nas matérias, e curiosamente, 5 anos depois ele foi assassinado. Aliás, por que será que os comunistas não falam de Gareth Jones, será que é por que ele fala verdades demais e não tem como dizer que ele era nazista? Esse cara deve ser considerado um herói porque ele é uma das principais fontes primárias e um dos primeiros a documentar o Holodomor com sua experiência jornalística. A gente pode dizer que ele foi a única voz dos ucranianos que estavam calados naquele cerco comunista insuportável.
Gareth Jones derrotou sozinho as mentiras da União Soviética que escondia e negava a fome ao mundo: é um herói senhoras e senhores, um herói que deve ser lembrado!
E aqui na capa da coluna nós vemos o legado dele: as lendárias matérias publicadas no Western mail & South Wales News em 1933: podemos ler uma das matérias com o título “Rússia morrendo de fome” e o subtítulo “fome mortífera testemunhada pelo ex-conselheiro do primeiro-ministro Lloyd George.” E aqui ele registra relatos de camponeses que se tornaram mendigos e a situação desesperadora do campo. E em outro artigo ele tem um título ainda mais agressivo “Fome domina a Rússia”, e no subtítulo ele diz que “o plano quinquenal de Stalin matou o suprimento de pão.” Mais abaixo nesse artigo diz que ele viajou a pé pela União Soviética e que fala russo fluentemente e aqui ele conta a terrível história que os camponeses o contaram. E no final do artigo ele mostra uma foto de crianças mendigas em Moscou, enviadas pelos pais camponeses para mendigar na cidade.
Curiosamente, ele é sequestrado e morto em 1935 na região da Mongólia ocupada pelo Japão. Então conheçam e louvem o legado deste homem que derrotou sozinho as mentiras da União Soviética que escondia e negava a fome ao mundo: ele é um herói senhoras e senhores, um herói que deve ser lembrado!
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