Só a Ucrânia existe. Desde a União Soviética, a maior base para a sobrevivência do regime comunista era a Ucrânia; e foi sua maior inimiga. Não é exagero dizer que a União Soviética foi sendo corroída por dentro, como um câncer terminal que mata lentamente seu hospedeiro.
A heroica resistência ucraniana, ao que o próprio Stálin chamou de “ofensiva Bolchevique” em 1928, teve efeitos terríveis contra o campesinato: entre 5 e 7 milhões de pessoas foram mortas de fome.
Mas essa “batalha mortal” pelos grãos foi sentida aos poucos pelo regime, que não resistiu àquele veneno camponês. O resultado é bem conhecido de todos nós: o regime foi implodido. Quisera o destino que aqueles bravos camponeses vissem o bem que fizeram ao mundo por dar suas vidas na luta com aquele regime brutal.
Mas a Ucrânia continua lutando contra os herdeiros daquele “império do mal”. Para seu líder, Putin, a Ucrânia não merece existir.
Esse é o recado mais claro que muitas pessoas do Ocidente não entenderam ainda. A Ucrânia sempre pertenceu à Rússia: étnica e historicamente, os dois povos sempre foram um
Mas, ironicamente, os Rus vieram de Kiev, então os “pais” dos russos é a Ucrânia.
Obviamente, Putin não pode expressar toda essa conspiração publicamente, pois o mundo acharia no mínimo um disparate de um louco (embora não precise nem disso o considerar assim). Ora, com a queda da União Soviética surgiram novas repúblicas independentes, a Ucrânia sendo uma delas.
Curioso que, na própria União Soviética, as repúblicas eram tratadas independentemente, obviamente para mostrar legitimidade voluntária na adesão desses países ao bloco, mas como sabemos, de voluntário não havia absolutamente nada.
A Ucrânia está passando pela crise mais severa desde os anos 30. Para conseguir vencer a Rússia, a Ucrânia precisa do apoio americano, mais do que nunca. Sem os Estados Unidos, a Ucrânia não pode vencer. Esse apoio é legítimo, principalmente agora que a Rússia está usando o pessoal norte-coreano em campo. Tudo isso só prova como o país de Putin é militarmente fraco, incapaz de conquistar uma nação mais vulnerável que dispõe de um número de combatentes tão diminuto em comparação.
Além disso, o mundo livre depende do apoio americano. Qualquer democracia que for ameaçada ou invadida por autocracias recorrerá aos Estados Unidos em busca de ajuda, por mais antiamericana que seja a retórica de muitos desses líderes. E para manter a ordem mundial, os Estados Unidos não têm outra escolha, a não ser ajudar.
A Guerra da Ucrânia tem se mostrado uma vergonha para o governo e para a própria Rússia: seu território ser invadido pelos ucranianos é uma afronta que o país não via desde a Segunda Guerra, quando eles se vangloriavam de ter derrotado os nazistas, após terem sido traídos por eles no pacto e protocolos secretos que assinaram em conjunto, claro. Pelo bem da história, a Ucrânia ainda não caiu, e não pode cair.
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