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Ontem, participei da gravação do programa Voz, da TVCI, a ser exibido no próximo sábado. A conversa com o jornalista Toni Casagrande abordou vários assuntos relacionados à língua portuguesa e um deles foi a linguagem utilizada na internet.

Lembrei de alguns pontos abordados pelo autor Nicholas Carr nos artigos Is Google Making Us Stupids? e The Shallows: What the Internet Is Doing to Our Brains. O autor defende que a revolução tecnológica, cultural e biológica está cada vez mais distanciando a sociedade dos livros e influenciando, inclusive, seus cérebros. Isso aconteceria porque o consumo do que se faz na internet está cada vez mais superficial.

Ele também ressalta que, com a internet cada vez mais difundida ao redor mundo e o uso frequente de celulares para enviar mensagens, a interatividade entre as pessoas e o acesso à informação estão crescendo num ritmo acelerado. Não é raro ver jovens que passam boa parte de seu tempo em frente ao computador ou teclando seus celulares, principalmente para usar as redes sociais.Um estudo feito pela Wake Forest University e pela Penn State University, ambas nos EUA, mostrou que o medo que os pais têm de os filhos serem prejudicados pela comunicação eletrônica é justificável. Alunos estão cometendo constantemente erros de ortografia e 11% dos entrevistados admitiram que a escrita acadêmica é prejudicada pelos hábitos adquiridos na internet.

A partir dessa reflexões, penso que o uso excessivo da internet afeta mais aquelas pessoas que não leem, que não utilizam outras formas de entretenimento que não seja a internet. Mas também há crianças, jovens, adultos e idosos sem formação adequada. Portanto, isso é uma questão de como você construiu sua base cultural e de conhecimento, principalmente de língua. Além disso, é preciso utilizar outros veículos de informação e de entretenimento, e usar melhor a própria internet. É estarrecedor ver como muita gente se informa apenas pelo que seus amigos compartilham no Facebook, sendo que temos à disposição uma mídia que tem o mundo ao nosso alcance. Mais do que analisarem o uso da língua na internet, essas reflexões trazem à tona o que estamos fazendo com nossa própria comunicação.

 

 

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