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Você já ouviu a palavra “caquilo”? E insigne? O debate com os candidatos ao governo do Paraná teve tudo isso e mais um pouco. A língua portuguesa teve seus momentos de auge e também de açoite, coitada.

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O tema top da noite, com maior número de erros, com certeza, foi a concordância. Frases como “Truculência e exibicionismo foi demonstrado” (foram demonstrados), “Acho que é bem oportuno essa pergunta” (oportuna) e “Temos visto os graves problemas que atravessam este país” (por que atravessa) demonstraram desconhecimento das normas ou apenas nervosismo.

O debate ainda guardou passagens bem-humoradas, não só pelas expressões inusitadas (“o candidato parece o kinder ovo”, “ele só se preocupa com o cabelo”), mas também pelo uso de palavras estranhas ou até inventadas. “Caquilo” (uma junção meio torta de com + aquilo) foi um dos neologismos da noite, além do resgate da palavra “mixuruca”, “coreto” e até “insigne”, no sentido de ilustre.

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O uso incorreto de verbos e de vocabulário também apareceu. Houve candidato “abaixando” preço do pedágio, em vez de baixar, abusando do “a nível de” (quando o correto seria usar “no âmbito”) e do surrado “através”, em vez de usar “por meio de”.

Abaixo, fizemos uma lista com um “aperitivo” de cada candidato. Para ver todos os comentários do debate, clique aqui.

Bernardo Pilotto: uso excessivo de “ééééé” em seu discurso. O nervosismo ficou evidente na sua linguagem. Além disso, disse que a saúde não ficou “mil maravilha” no atual governo.

Beto Richa: falou que 60% foi concedido de aumento para o salário dos professores. Com porcentagem, sempre aparece um escorregão. O certo seria 60% foram concedidos.

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Geonísio Marinho: ganhou o debate no quesito frases inacabadas e/ou de efeito. Sempre falava “com o coração”, inclusive utilizando a linguagem não verbal, fazendo o gestual no peito. Quanto amor.

Gleisi Hoffmann: além de ter errado o nome do presídio de Cascavel e em um ato falho tê-lo chamado de Papuda (onde estão presos condenados do Mensalão), disse que o Paraná é um estado muito “punjante”. Sobrou N na palavra.

Ogier Buchi: além de ter usado a palavra insigne (pouco conhecida e rebuscada), abusou do verbo assistir sem preposição. Falou várias vezes “ao que estão assistindo o debate”, sendo que o correto é “ao debate”.

Roberto Requião: ao responder por que usou aposentadoria pública, Requião disse: “Foi legítima defesa de mim próprio”. Aqui, na Toda letra, não entendemos até agora a expressão…

Rodrigo Tomazini: exaltado, Tomasini falou sobre a situação da saúde pública no Paraná. E soltou a seguinte pérola: “Os hospitais têm uma péssima atendimento”. Também fez a maior confusão com baixar e abaixar o preço do pedágio.

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Tulio Bandeira: ao responder uma pergunta sobre a disputa à presidência, Tulio Bandeira disse que passou a poiar Marina Silva depois da morte de Eduardo Campos. Para confirmar, disse que “declinou apoio a Marina”, o que indicou uma contradição. Declinar significa evitar, afastar-se.