Segundo alguns linguistas, sim. Você pode estar pensando qual a participação de linguistas no processo de impeachment da presidenta. Não, eles não votam pela família, por Deus nem pela língua. Porém, o verbo ganhou os espaços de informação e opinião e gerou dúvida em muita gente. Existe, afinal, impichar?
A palavra impeachment vem do inlgês e indica impedimento. Oriundo do verbo to impeach (impedir), o vocábulo tornou-se conhecido em 1992, na era Collor, e ganhou popularidade agora, com o processo contra Dilma Rousseff. No entanto, apesar de facilitar a vida de quem cita a ação em si, “impichar” não é uma palavra gramaticalizada; é um verbete constante apenas no nível informal da linguagem ou nível popular, como indica Andrade Medeiros, no livro Comunicação em Língua Portuguesa. Entre os dicionários, a palavra consta em um deles: Aulete digital.
Por conta dessa falta de frequência e, principalmente, de unanimidade, a palavra não pode ser usada em situações formais – nos discursos políticos, em textos acadêmicos ou na imprensa, por exemplo. Então, se for dizer que vão “impichar” a presidenta, fale entre amigos, família ou qualquer outra situação de coloquialidade, senão será um golpe… à língua portuguesa.
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