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Para mim fazer?

Já abordei o uso de MIM e EU na língua portuguesa, mas hoje me deparei com várias postagens no facebook de uma manchete de jornal, com o uso do MIM, que valem um novo post sobre o tema. Vejam a foto:

mim

Pois bem! Todo mundo compartilhou, defenestrando o jornalista, a fonte e quem mais pudesse ser responsável por aquela frase. No entanto, é importante ressaltar que o uso do mim está correto. O que falta mesmo na frase é pontuação, pois o correto seria “No Brasil, seria muito difícil, para mim, fazer um curso de Medicina”. Isso porque o PARA MIM, nesse caso, funciona como complemento. A expressão apenas está fora da ordem direta da língua portuguesa. Na ordem direta, fica bem mais fácil compreender por que a frase está correta. Vejam: “Seria muito difícil fazer um curso de Medicina no Brasil, para mim”. Ou, ainda, há outra construção possível: “Para mim, seria muito difícil fazer um curso de Medicina no Brasil”. Se o MIM fosse sujeito da frase, ele jamais poderia ser retirado do lugar em que foi colocado inicialmente. A palavra só pode “se mexer” ou mudar de lugar, porque é apenas complemento.

Vejam como não funciona quando o uso correto é da palavra EU: “Esse relatório é pra EU FAZER amanhã cedo”. Não é possível deslocar a expressão PARA EU. Portanto, nunca esqueça: MIM não conjuga verbos, não pode ser sujeito de um verbo, porém, isso não significa que ele não possa estar antes do verbo, como aconteceu na manchete do jornal. O segredo é tentar trocá-lo de lugar para ter certeza de que é um complemento, e não sujeito do verbo.

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