Nosso leitor Alcides Ziemniczak pediu para que alertássemos nossos seguidores sobre as expressões risco de vida e risco de morte. Apesar de, nos últimos tempos, ter se disseminado a ideia de que “risco de vida” está errado, a expressão não está equivocada.
Na verdade, é possível falar das duas formas, pois as duas construções são adequadas e aceitas. Evanildo Bechara, importante gramático da língua portuguesa, escreveu em artigo publicado na Academia Brasileira de Letras sobre o caso: “Condenar ‘perigo de vida’ em favor de ‘perigo de morte’ é empobrecer os meios de expressão do idioma — que conta com os dois modos de dizer —, além de desconhecer a história do seu léxico, em nome de um descartável fundamento lógico”.
Em risco de vida, expressão usada por escritores e de uso já familiarizado, subentende-se o risco de perder a vida. Em risco de morte, está explícito o risco de morrer. Portanto, use as duas expressões sem medo. Nenhuma delas está errada!