A votação que definiu a abertura do processo de impeachment no último domingo não mostrou apenas o desdém da classe política por seus eleitores. Evidenciou também o desprezo pela língua portuguesa. Nas redes sociais, os internautas brincaram que houve o “impeachment dos plurais e da concordância verbal”.
Erros grotescos de concordância (especialmente o mais simples da regra que é concordar plurais simples), redundância e até incoerência ideológica foram a tônica das falas dos deputados ao darem seus votos. Listamos abaixo alguns (só alguns!) deles:
Veja alguns dos erros cometidos:
“Pelos evangélico”
“Pelos picareta”
“Por tudo que Luma e Dilma fez pelo Brasil”
“Pelos corretor de seguros”
“Com isso, ocorre a perca total”
Por essa razão, tenho que concordar com várias avaliações já escritas sobre aquele triste momento de domingo: esse é também um reflexo de seu povo, carente de boa educação, refém de sistemas defasados de ensino da língua e indiferente ao fato de que a comunicação, apesar de essencial para nossa convivência em sociedade, muitas vezes é instrumento de manipulação a ponto de fazer com que aqueles deputados tenham chegado ao congresso.
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