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Na segunda-feira de carnaval, como eu já contei, o blog da Fundação BioLogos, nos Estados Unidos, publicou uma “versão melhorada” de um texto que eu havia produzido para o Tubo já há um bom tempo.

Na sexta-feira passada, o mesmo blog publicou dois vídeos relacionados ao tema do meu texto: a noção de que a evolução proposta por Darwin seria impossível porque antes do pecado original não haveria morte de nenhuma espécie no mundo (obviamente é o tipo de objeção que só se aplicaria a criacionistas de Terra antiga, já que para criacionistas de Terra jovem o mundo foi mesmo feito em seis dias literais, então nem teria havido tempo para processos evolucionários). O pastor Daniel Harrell, da Colonial Church, em Minnesota, fala primeiro sobre como os cristãos entendem a morte e, depois, como isso se relaciona à evolução. Na verdade, o segundo vídeo nos interessa bem mais, mas trouxe os dois para quem quiser ver tudo.

No segundo vídeo, Harrell começa mencionando que muitos cristãos ficam perplexos com a enorme quantidade de morte, destruição e desperdício que os processos evolucionários parecem exigir. As coisas podiam ser bem mais simples, mas o pastor afirma que, se os cristãos se lembrarem de que o ato supremo de amor divino é o fato de o Deus encarnado entregar sua vida pela humanidade, já não se torna difícil entender que ela é parte da vida. Ele faz uma analogia: como Cristo dá sua vida pela humanidade, num processo evolucionário tudo aquilo que veio antes, de certa forma, “se entrega” para benefício da própria vida no planeta.

Mas a frase que eu achei mais interessante é “nós esperamos que Deus faça as coisas da maneira como nós faríamos se fôssemos Deus”. Mas o fato é que não funciona assim. Então, para muitos aceitar as evidências científicas sobre o universo (e aqui eu falo de modo generalizado, e não de uma ou outra teoria em específico) acaba também exigindo uma boa dose de humildade, de aceitar que nem sempre Deus age da maneira como gostaríamos.

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