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No post anterior eu disse que o novo papa não tinha exatamente um histórico de discursos ou textos sobre ciência e religião. Mas hoje, na homilia da missa de inauguração do pontificado, ele fez declarações fortes sobre a necessidade de o homem cuidar do meio ambiente. Embora muitos veículos de comunicação tenham escolhido justamente esses trechos para destacar, na minha opinião eles não eram o ponto principal da homilia, mas, aqui no blog, são os que nos interessam:

A vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro do Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos.

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Quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido.

Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos “guardiões” da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo!

Mas todas as menções do papa Francisco à questão ambiental vêm com a ressalva de que o cuidado com o meio ambiente não é um fim em si mesmo, mas está subordinado a um desígnio maior, que é o plano divino para a humanidade. Nisso, ele se mantém na linha traçada por Bento XVI, por exemplo em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2010.

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