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Como hoje é sexta, trago apenas dois videozinhos curtos, mas muito interessantes, cortesia da Fundação BioLogos, que os leitores habituais do Tubo já conhecem. O entrevistado é John Walton, especialista em Antigo Testamento e professor do Wheaton College, no estado norte-americano de Illinois. Ele analisa os relatos da criação ressaltando que nós tendemos a ler o começo do Gênesis esperando encontrar coisas que nem o autor sagrado, nem o hebreu de milênios atrás (o “público leitor”) esperavam encontrar. O homem moderno lê o Gênesis atrás de pistas sobre como a criação aconteceu; o hebreu antigo não queria saber sobre os processos, só queria saber quem estava no controle. Walton faz uma comparação interessante com uma entrevista de emprego: queremos saber quem nos paga, quem será o chefe, e não os detalhes da construção do prédio ou da empresa.

Levando isso em consideração, Walton diz que integrar a ciência e a Bíblia é bom, é necessário, mas isso não significa querer achar informação científica na Bíblia, porque aqueles que embarcam nessa acabam invariavelmente forçando a mão e “fazendo” a Bíblia dizer o que ela não diz (não lembro agora quem disse que a Bíblia nos diz como se vai ao céu, e não como vai o céu). De fato, os cristãos e judeus veem Deus como o autor da Escritura, e Deus certamente sabe todos os detalhes físicos, químicos e biológicos a respeito da origem do universo e da vida. Mas, convenhamos, de que adiantaria colocá-los no relato da criação se ninguém seria capaz de compreendê-los naquela época?

Confiram os vídeos, o segundo carrega na mesma tela assim que o primeiro termina:

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Um aviso urgente aos leitores do Tubo que trabalham em instituições de ensino, ou outros centros de produção de conhecimento: a International Society for Science and Religion está doando 150 coleções com cerca de 200 livros sobre ciência e religião. Infelizmente indivíduos não podem se inscrever… quem estiver interessado pode buscar mais informações aqui.

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Hoje é dia de recomendar o Tubo de Ensaio no Follow Friday!

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