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Na noite de ontem, Bento XVI participou de um encontro com membros da comunidade acadêmica como parte da programação da visita papal à República Tcheca. Em Hradcany, um dos pontos mais bonitos da cidade mais bonita do mundo, Bento XVI encontrou professores, pesquisadores e universitários.

O discurso ainda não recebeu tradução oficial para o português, então faço eu mesmo uma tentativa, pegando a versão inglesa das palavras do Papa, que pediu o fim da divisão entre ciência e religião:

Ele (João Paulo II), como vocês sabem, promoveu um entendimento mais profundo da relação entre fé e razão como as duas asas pelas quais o espírito humano é elevado à contemplação da verdade. (cf. Fides et Ratio, Proêmio). Uma oferece apoio à outra, e cada uma tem seu próprio campo de atuação (FR, 17), mas ainda há quem queira separá-las. Os proponentes dessa exclusão positivista entre o divino e a universalidade da razão não apenas negam uma das mais profundas convicções dos crentes, mas também frustram o diálogo de culturas que eles mesmos propõem. Um entendimento de uma razão que não ouve o divino, e que relega as religiões ao nível de subculturas, é incapaz de participar do diálogo de culturas tão necessário e urgente ao mundo.

O que mais dá pra dizer? O Papa está coberto de razão. E felizmente vemos alguns sinais promissores vindos de onde, sinceramente, eu menos esperava. Em entrevista à Newsweek, Richard Dawkins, que está lançando um novo livro, afirma com todas as letras: sim, é possível defender a evolução e acreditar em Deus. Está lá, na terceira pergunta. Surpreso? Pois é, eu também.

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