(Montagem sobre imagem de YouTube)| Foto:

Lembram do célebre “hoje não, hoje não… hoje sim” do Cléber Machado, na corrida em que o Rubens Barrichello entregou a vitória pro Michael Schumacher nos metros finais? Na 30.ª Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, que termina hoje, em Viena, foi o contrário.

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Ontem, os participantes do encontro se reuniram para votar uma série de resoluções, entre elas a B4, que mudaria o nome da Lei de Hubble para Lei de Hubble-Lemaître, como eu havia explicado na semana passada. Então, o clima era todo de “hoje sim, hoje sim…” Mas aí veio o detalhe. Entre os participantes do encontro, ampla maioria foi favorável à mudança, mas o próprio boletim oficial do encontro explicou que a União Astronômica Internacional ainda estava meio escaldada pelo caso de Plutão, em 2006. A grande reclamação à época foi que a votação só incluiu as pessoas que estavam presentes ao encontro da entidade naquela ocasião, em Praga, quando seria o caso de consultar todos os membros da comunidade científica ligados à astronomia. Depois daquilo, a IAU instaurou também uma forma de votação eletrônica para os temas mais controversos. Acontece que, quando uma proposição é submetida ao voto eletrônico, isso tem de ser avisado três meses antes da Assembleia Geral, o que não foi o caso da Resolução B4.

Então, criou-se uma gambiarra: o voto de ontem perdeu força legal, virando apenas uma “orientação”, se quisermos entender assim, mas a decisão propriamente dita fica para outro dia, no último trimestre deste ano, quando ocorrerá a votação eletrônica. Então, ao fim da reunião de ontem, tivemos “hoje não”. Mas pelo menos é um “hoje ainda não”.

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(Detalhe: sabem onde foi a corrida do “hoje não”? Na Áustria…)

Sinceramente, não estou por dentro dos quebra-paus internos da IAU, mas não entendo o que pode haver de tão controverso no tema, já que o pioneirismo de Georges Lemaître já está bastante estabelecido e ninguém está tirando crédito algum de Edwin Hubble. Ah, isso pode abrir um precedente para renomear outras leis? Ora, e por que não? Se a questão é de dar o crédito a quem merece, é simplesmente caso de se fazer justiça.

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