Hoje de manhã, dando meu passeio por sites interessantes, tropecei em uma reportagem muito curiosa do The Jerusalem Post. O Large Hadron Collider, que muita gente chama carinhosamente de “máquina do fim do mundo”, está para ser religado depois de ficar um tempo no departamento médico, como dizem os radialistas esportivos. O que eu não sabia, e descobri lendo o JP, é que dois cientistas, um dinamarquês e um japonês, lançaram uma teoria segundo a qual as forças da natureza e até mesmo Deus estavam conspirando contra o funcionamento do LHC, porque seus possíveis resultados, como a comprovação do bóson de Higgs (a chamada “partícula de Deus”; antes do fim do ano quero voltar a esse assunto), seriam uma “aberração”. Lá nos começos do blog eu comentei sobre gente que achava o LHC uma espécie de arrogância científica. A novidade é que tenham elevado isso ao status de teoria.
Na reportagem do Post, o físico e professor Barak Kol, do Instituto Rakah de Física da Universidade Hebraica, contesta essa teoria. É verdade que deu chabu no LHC pouco depois de ele ser ligado, mas Kol argumenta que a coisa toda é tão complexa que houve a pura e simples aplicação da Lei de Murphy. Muita coisa podia dar errado, e uma delas efetivamente deu errado. “Quando o Titanic afundou, ninguém concluiu que Deus ou a natureza estavam jogando contra, e que por isso não se devia construir mais transatlânticos”, diz o físico.
Da minha parte, desejo sucesso ao time do Cern que está metida com a máquina do fim do mundo. E aos americanos que, parece, estão querendo construir um acelerador de partículas semelhante. Como eu disse há mais de um ano, se Deus deu inteligência ao homem, é para ser usada.
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