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(quer dizer, há quem faça listas o tempo todo, como o protagonista de Alta Fidelidade)

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A bióloga Ruth Bancewicz trabalha no Instituto Faraday para Ciência e Religião, da Universidade de Cambridge, publicou em seu blog uma listinha das dez coisas que ela gostaria que as pessoas soubessem sobre seu trabalho como cientista e sua fé. No fim, ela resume toda a lista com “minha ciência inspira minha fé, e minha fé inspira minha ciência”. Eu gostaria de destacar alguns dos itens da lista.

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O primeiro deles é a resposta a uma pergunta que todos já devemos ter ouvido alguma vez: “por que você é (insira profissão aqui)?” Ruth responde que ser cientista é uma vocação. “Estudar esse incrível universo é uma demonstração de minha gratidão ao Deus que o criou”, afirma. Também gosto muito do oitavo item: “Posso fazer minhas experiências sem que minha fé afete o que faço (embora ela afete minha ética). Pessoas de todas as religiões, e de religião nenhuma, podem trabalhar em um laboratório, e isso efetivamente ajuda o processo de descoberta (…)”

No item 9 da lista de Ruth, ela mostra uma das características que nos fazem “imagem e semelhança” de Deus: a criatividade que seu trabalho científico exige, um reflexo da espantosa criatividade divina. E, por fim, ela mostra que a fé não deve servir para fechar a nossa mente, e sim para abri-la. “Foi a crença em um Criador independente que levou os primeiros cientistas a sair e examinar o mundo”, ela lembra.

É uma lista breve e não tem a pretensão de esgotar o assunto; o mérito que eu vejo nela é mostrar que não há nada de esquizofrênico em um cientista que também tem fé, como se fosse necessário “desligar” o cientista na hora de ir para a igreja e “desligar” o crente quando se entra no laboratório, deixando a fé do lado de fora “como quem pendura o chapéu à porta”, nas palavras de são Josemaría Escrivá. Outro dia o blog trouxe aqueles banners de cientistas que também tinham fé, e volta e meia temos aqui histórias de pessoas com biografias semelhantes. A listinha de Ruth nos ajuda a entender como esses cientistas integram sua fé e seu trabalho.

(aviso: O Faraday Institute, mencionado neste post, concedeu uma bolsa ao blogueiro em julho deste ano para fazer um curso em Cambridge)

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A essa altura todo mundo já sabe: Christopher Hitchens morreu ontem à noite (madrugada de hoje no Brasil, pelo que entendi). Ele tinha câncer no esôfago e estava internado com pneumonia. Como cristão, rezo por sua alma. Deus sempre perdoa um coração sinceramente contrito, e espero que Hitchens tenha aceito a graça do arrependimento final, para ganhar o Céu no último minuto, no melhor estilo são Dimas.

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