É comum vermos, especialmente entre o ateísmo militante, a afirmação de que quanto mais educação uma pessoa recebe, menos senso religioso ela tem. Já faz muito tempo, vimos aqui no blog uma pesquisa com egressos de universidade, mostrando que o ensino superior não chegava a causar tanto estrago na fé dos jovens. Ontem, Barry Kosmin, do Trinity College, no estado norte-americano do Connecticut, divulgou outros dados, desta vez considerando um universo de pós-graduados. A conclusão foi de que a elite intelectual americana não é assim tão diferente de seu compatriota médio.
É verdade que o número de “nones” (ateus, agnósticos, seculares e outros tipos de não crentes) subiu entre os pós-graduados no período de 1990 a 2008, mas ainda assim teve um crescimento menor (de 11% para 17%) que entre a população em geral (de 8% para 15%). A proporção de católicos permaneceu estável entre os pós-graduados; os “nones” ganharam espaço especialmente entre os protestantes. Mas o “ganho” dos não crentes termina aí; vejamos:
• A proporção de pessoas que crê num Deus pessoal é maior entre os pós-graduados que entre os americanos em geral (73% contra 70%).
• Os pós-graduados também superam o americano médio na porcentagem de pessoas que passaram por cerimônias de iniciação religiosa (85% a 71%), tiveram casamento religioso (86% a 72%) e querem um funeral religioso (70% a 66%).
• E, por último mas não menos importante, entre as pessoas que aceitam a teoria da evolução proposta por Darwin, a porcentagem de pós-graduados que participa de cerimônias religiosas pelo menos uma vez por semana é maior que entre a população em geral (28% a 18%).
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