Voltamos do nosso semi-involuntário “recesso olímpico”; outro desses, acho que só em 2016 mesmo (pelo fuso horário, os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 não deverão atrapalhar tanto o trabalho do blogueiro).
Soube recentemente que a Arquidiocese de Curitiba tem um recém-constituído Núcleo de Bioética. Dom Moacyr Vitti encarregou o padre Juarez Rangel, pós-graduado em Bioética pela PUCPR, de comandar o núcleo, e o desafio imediato é completar o quadro de especialistas. “Quando fizermos algum pronunciamento, não poderemos errar sob nenhum ponto de vista: legal, médico-científico, moral, doutrinal ou teológico. Por isso o núcleo precisa ter padres, agentes pastorais, advogados, profissionais da saúde como médicos e enfermeiros, assistentes sociais, teólogos, especialistas em Direito Canônico e Teologia Moral, entre outros profissionais”, explica o padre Juarez. Hoje, o Núcleo Arquidiocesano já tem entre seus membros ou consultores nomes conhecidos da bioética paranaense, como o professor Mário Sanches e o oncologista Cícero Urban. Mas ainda faltam advogados.
O núcleo curitibano foi criado em maio, atendendo a um pedido da regional Sul 2 da CNBB: que todas as dioceses do Paraná constituíssem órgãos semelhantes para discutir os desafios apresentados atualmente pelos temas de bioética e conscientizar os fiéis católicos sobre os temas relativos ao início e ao fim da vida, questões sobre reprodução assistida ou o uso de embriões em pesquisas. O site ainda está em estágio embrionário. “Temos muito material pronto, mas ainda estamos procurando um meio de deixá-lo mais visível nos sites de busca; quando descobrirmos como fazer isso, colocaremos tudo no ar”, avisa o padre Juarez.
Por enquanto, o núcleo se limita a suas reuniões mensais, mas os planos para 2013 já são mais ambiciosos. A partir do ano que vem, o Núcleo Arquidiocesano passará a promover cursos nos vários setores em que a arquidiocese se divide atualmente. O público-alvo principal é formado por catequistas e líderes de pastoral, que poderão passar adiante o conhecimento adquirido. “Vejo que hoje existe um desconhecimento entre os católicos especialmente em relação às questões sobre o fim da vida”, afirma o padre Juarez, acrescentando que para muitos católicos ainda não está clara a distinção entre eutanásia, distanásia e ortotanásia.
Apesar de a necessidade principal do núcleo ser de advogados, nada impede que profissionais de outras áreas já contempladas no quadro do núcleo também queiram participar. Para isso, basta enviar um e-mail ao padre Juarez.
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