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O exemplo das escolas católicas
| Foto:
C. Glass / stock.xchng
Segundo padre jesuíta, tanto a ciência quanto a religião precisam ouvir o que o outro tem a dizer.

Lá nos começos do blog eu comentei um texto sobre o ensino de ciências em escolas islâmicas. Essa semana eu vi, no site do Catholic Sentinel (o jornal da Arquidiocese de Portland), uma reportagem sobre as escolas católicas que funcionam no território da diocese. “Ciência e fé interagem aqui todo dia”, diz a professora Kelly Cromwell. Quem reforça sua posição é o padre jesuíta (e biólogo) Tom Lankenau. Ele diz que as pessoas de fé precisam estar atentas ao que a ciência diz, e a ciência precisa estar aberta ao que a religião oferece, e cita o exemplo das diretrizes éticas e morais que as religiões podem proporcionar em campos como a engenharia genética. O padre diz que muitos cientistas desconsideram esta contribuição apenas porque, quando pensam “Igreja Católica”, as únicas coisas que lhes vêm à cabeça são a Inquisição e as Cruzadas (que, aliás, estão passando por um processo de redescoberta livre de preconceitos, vide os trabalhos de Henry Kamen e Rodney Stark).

E dois professores da Universidade de Portland, um químico e um teólogo, enriquecem a discussão com vários exemplos do que veem como a “elegância” do universo. É uma abordagem que deve ser feita com cuidado, do contrário cai no velho “Deus das lacunas” (como na menção ao DNA). E fui apenas eu que não gostei da comparação com o “homem atrás da cortina” do Mágico de Oz?

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