Hoje a Igreja Católica comemora um bispo e filósofo que, entre outras coisas, tinha um talento especial para frases de efeito. Muita gente conhece “Tarde vos amei, ó beleza tão antiga e tão nova. Tarde vos amei. Eis que habitáveis dentro de mim e eu lá fora a procurar-vos”, ou “Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti”, ambas do mesmo livro, as Confissões. Mas aqui no blog a frase que mais nos interessa é o conselho de santo Agostinho aos cristãos:
Acontece muitas vezes que um não cristão de tal modo conhece algo sobre a terra, o céu, os demais elementos deste mundo, o movimento e a conversão ou também a grandeza e a distância dos astros, os eclipses do sol e da lua, os círculos dos anos e dos tempos, as naturezas dos animais, das frutas, das pedras e as demais realidades semelhantes, que o defende por argumentos verdadeiros e pela experiência. Mas é muito vergonhoso, pernicioso e digno de se evitar ao máximo que um cristão fale destes assuntos como estando de acordo com Escrituras cristãs, pois ao ouvi-lo deliberar de tal modo que, como se diz, cometa erros tão absurdos, um infiel mal consegue segurar o riso. E o mal não está em que se zombe de um homem que comete erros, mas que os de fora acreditem que nossos autores afirmem tais coisas. E assim são criticados e rechaçados como ignorantes. (A interpretação literal do Gênesis, livro 1, capítulo 19, parágrafo 39).
Ou, em outras palavras, dizer bobagem sobre ciência é dar contratestemunho, então estudem!
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