“O objetivo da ciência natural não é simplesmete aceitar as afirmações feitas pelos outros, mas investigar as causas que fazem a natureza funcionar.”
Essa frase, acreditem ou não, veio de um homem da Idade Média, que viveu entre 1206 e 1280. Mais: um bispo católico. Uma mente simplesmente genial, teólogo, filósofo e cientista. Santo Alberto Magno.
(bom, para quem conhece um pouco melhor a contribuição da Igreja para a civilização e não se deixa levar por clichês danbrownianos, não surpreende que a frase acima tenha saído da pena de um santo católico.)
Diz a Enciclopédia Católica que o conhecimento que Alberto tinha das coisas da natureza só não superava, entre seus contemporâneos, o de Roger Bacon. Bispo e professor universitário, escreveu sobre minerais, plantas e animais; compôs tratados de Lógica, Metafísica, Política e, podemos dizer, livros que hoje seriam classificads como “Psicologia”. Com um currículo desse, não surpreende que tenha sido oficialmente proclamado padroeiro dos cientistas. Santo Alberto Magno é celebrado neste domingo, então parabéns aos cientistas pela festa de seu patrono.
Para saber mais sobre Alberto, basta clicar no link acima e ler especialmente o trecho sobre “Albert and the experimental sciences”. Mas eu deixo aqui o curto verbete que Jason Boyett escreveu em seu hilário Pocket guide to sainthood (que ganhei na conferência da RNA em Minneapolis), no capítulo “Tem um santo para isso”:
Cientistas
Santo Alberto Magno, um padre com mentalidade científica que era letrado nos campos da Astronomia, Botânica, Química, Geografia, Lógica, Matemática, Mineralogia, Física, Teologia e Zoologia. De fato, ele era tão inteligente que Santo Tomás de Aquino foi seu aluno.
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