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O telhado verde do Papa
| Foto:
Bahnmoeller/Creative Commons
A sala de audiências papal (mais à direita na foto) com seu teto de 2,4 mil painéis solares: esforço por um Vaticano verde.

Na Quarta-Feira de Cinzas começou, aqui no Brasil, a Campanha da Fraternidade (CF), organizada pela CNBB, desta vez com o tema “Fraternidade e vida no planeta”. Eu particularmente tenho algumas restrições em relação ao fato de a CF ocorrer sempre na Quaresma, o que desvia a atenção do que deveria ser um período de penitência e preparação para a Páscoa. No caso específico de 2011, o hino é horrível e contém sérios erros do ponto de vista da fé católica. Mas discutir o tema é válido e importante, tanto que ele já apareceu em mensagens de João Paulo II e Bento XVI para o Dia Mundial da Paz, e também na encíclica Caritas in Veritate, também de Bento XVI.

Aproveitando este pretexto, soube, no fim da semana passada, de um artigo pequeno e interessante da Atlantic sobre o teto da sala de audiências papal, que é todo coberto com painéis que captam energia solar. Eles não chegam a ser novos, foram instalados em 2008, mas o autor do artigo, Stephen Faris, lembra que a preocupação ambiental é um tema relativamente frequente para Bento XVI; no entanto, o que Faris chama de “conservacionismo católico” não é uma tentativa de igualar o homem aos demais seres; é, sim, uma chamada para que o homem cuide bem da criação, pela qual foi feito responsável por Deus; o Papa incentiva as pesqisas e avanços científicos, mas avisa que o ser humano tem um papel especial na criação, como aliás Bento XVI escreve na curta mensagem enviada à CNBB por ocasião da Campanha da Fraternidade.

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A tragédia no Japão reacendeu discussões sobre possíveis motivos sobrenaturais pelos quais essas coisas acontecem. Escrevi sobre o episódio na época do terremoto do Haiti, e aquele texto segue válido. Mas é claro que, dos desastres naturais, nós podemos tirar lições sobrenaturais: podemos descobrir o valor da generosidade, e acontecimentos assim nos lembram que não sabemos quando chegará a nossa hora.

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