Demorou um pouco, mas uma grande injustiça foi reparada.
Agora, a Lei de Hubble se chama Lei de Hubble-Lemaître, para reconhecer o papel do padre e astrônomo belga Georges Lemaître na construção do nosso conhecimento sobre o início do universo. O resultado da votação eletrônica feita entre todos os membros da União Astronômica Internacional foi divulgado nesta segunda-feira pela IAU. Os números da apuração mostram, no entanto, que a abstenção foi altíssima: dos 11 mil membros que receberam os códigos para participar da votação, apenas 4 mil deram sua opinião até o prazo final encerrado na sexta-feira passada. Destes, 78% aprovaram a resolução que tinha sido apresentada em agosto, no congresso da IAU em Viena, 20% foram contrários e 2% se abstiveram.
Os leitores do blog se lembram de que a fatura era para ter sido liquidada já em Viena, mas houve uma certa pressão para estender a votação a todos os membros da IAU, em vez das poucas centenas de pessoas que estavam presentes ao evento. Os astrônomos ainda estavam escaldados com a repercussão do “rebaixamento” de Plutão, que tinha sido decidido de forma semelhante, sem uma consulta mais ampla a toda a comunidade mundial de astrônomos.
O blog da Fundação do Observatório Vaticano tem um post escrito pelo jesuíta Bob Macke em que ele conta sua experiência de ter participado da assembleia geral da IAU em Viena (sua primeira vez nesse evento) e trata do resultado da votação.
Pequeno merchan
Além de editor e blogueiro na Gazeta do Povo, também sou colunista de ciência e fé na revista católica O Mensageiro de Santo Antônio desde 2010. A editora vinculada à revista lançou o livro Bíblia e Natureza: os dois livros de Deus – reflexões sobre ciência e fé, uma compilação que reúne boa parte das colunas escritas por mim e por meus colegas Alexandre Zabot, Daniel Marques e Luan Galani ao longo de seis anos, tratando de temas como evolução, história, bioética, física e astronomia. O livro está disponível na loja on-line do Mensageiro.
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