Desde a década de 60 Charles Townes já tratava da integração entre ciência e fé. (Foto: Elena Zhukova/UC, Berkeley/Divulgação)| Foto:

Na terça-feira, o físico Charles Townes morreu na Califórnia, aos 99 anos. Seu trabalho abriu as portas para uma série infindável de comodidades modernas. Afinal, sua pesquisa permitiu o surgimento do laser, e foi graças a ela que Townes recebeu o Nobel de Física.

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Embora ele seja mundialmente conhecido por essa contribuição, Townes também contribuiu para o diálogo entre ciência e religião, fato ignorado pela maioria dos obituários e brevemente mencionado em outros, como esse do NYT cujo link inicia este post. Em 1966, bem antes de o tema se tornar um tópico de discussão acalorada, ele já havia escrito o artigo “A convergência da ciência e da religião” para a revista Think, publicada pela IBM. Nela, Townes faz uma recapitulação da história recente da ciência, iniciando na época em que se acreditava no seu poder de explicar absolutamente tudo, e mostra diferenças e paralelos entre ciência e fé, ressaltando estes últimos e afirmando que a convergência é “inevitável”.

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Vejam também a entrevista concedida por ele em 2005 ao site da Universidade da Califórnia, Berkeley, na qual ele foi professor por décadas. Nela, o físico trata do diálogo entre ciência e fé, das questões éticas, das limitações da ciência e de outros temas, como o ensino do design inteligente nas escolas. Naquele mesmo ano, Townes ganhou o Prêmio Templeton.

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