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Faz uns dias, começou a correr nas redes sociais (não sei quem foi o primeiro a perceber e divulgar isso, agradeço se alguém puder esclarecer nos comentários) uma informação interessante: o dia 27 de março teria marcado o pico das mortes por coronavírus na Itália, e a partir dali a doença começou a recuar, a ponto de agora os italianos estarem ensaiando um retorno à vida “normal” – entre aspas, porque haverá uma série de normas de distanciamento, uso de máscaras e outras medidas de higiene, enfim, aquilo que também no Brasil já começa a ser aplicado em alguns locais onde os números da Covid-19 não parecem ser tão severos.
E o que mais aconteceu em 27 de março? Isso aqui:
Claro, é o tipo de alegação que exige uma verificação. Fui atrás de alguns sites que informam o número de falecimentos reportados diariamente em cada país. Direto no Google, temos isso aqui:
O dado é igual ao que diz o Worldometer:
O Our World in Data, da Universidade de Oxford, tem dados um pouquinho diferentes. Na conta deles, o pico ocorreu no dia 28:
Segundo este último site, o critério nas estatísticas de óbitos é o mesmo usado aqui no Brasil e que distorce um pouco as coisas: trata-se das mortes reportadas no dia, mas não necessariamente ocorridas no dia. Não chega a mudar muita coisa; continua óbvio que a Covid-19 foi matando italianos em um ritmo crescente até mais ou menos o dia da bênção urbi et orbi, e depois passou a regredir.
Claro, descrentes como o padre José Luis Caravias (em um texto que nos deixa pensando se o pessoal da Unisinos não teria hackeado o Vatican News) dirão que correlação não é causalidade. Não é mesmo, mas quem acredita no poder da oração e sabe que Deus, querendo, pode interferir no curso natural das coisas para realizar o extraordinário tem todo o direito de considerar que sim, a mão benévola do Onipotente interveio para salvar a Itália, ainda que sem encerrar subitamente a pandemia.
E, agora, o papa Francisco convoca o mundo inteiro para unir-se a ele mais uma vez em oração e pedir a Deus o fim da Covid-19. O pontífice estará rezando o terço nos Jardins Vaticanos às 12h30 (horário de Brasília) deste sábado, dia 30, com transmissão pelos canais vaticanos nas mídias sociais. A Mãe que uma vez disse a Jesus “eles não têm mais vinho” agora Lhe dirá “eles não têm mais saúde”, “eles não têm mais emprego”, “eles não têm mais com que sustentar suas famílias”. Ouçamos o apelo do papa e façamos nosso pedido a Jesus pela Virgem Santíssima.