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Uma distração e uma reflexão para a sexta-feira
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No momento estou transcrevendo e editando uma excelente entrevista que fiz para o Tubo, e que também vai sair na versão impressa da Gazeta do Povo na próxima segunda-feira, é o que me dizem aqui. Mas, para não deixar o blog parado, deixo um pequeno gracejo, ainda mais que hoje é sexta. Faz quanto tempo mesmo que eu não publicava uma das tirinhas do Laerte?

Reprodução autorizada / www.laerte.com.br

Mas, para não perder o hábito, também temos algo para pensar. É um par de pequenos artigos relacionados escritos por Elaine Ecklund. No primeiro deles, de agosto, ela mostra coisas que as pessoas religiosas precisam entender sobre os cientistas. E no segundo, publicado anteontem, temos o caminho inverso. Não importa de que lado se esteja nessa história (e há gente que está dos dois lados, ou até mesmo de nenhum), sempre dá para se derrubar alguns preconceitos. E o que Elaine Ecklund mostra é que a maioria está no meio-termo: muitos cientistas conseguem uma compatibilidade entre seu trabalho e uma fé religiosa (seja qual for), e muitas pessoas que levam a religião a sério também confiam na ciência. OK, é verdade que a maioria dos americanos não “acredita” em evolução (já comentei aqui sobre a conveniência do verbo “acreditar” nesse caso), mas ainda assim essas pessoas não descartam a ciência como um todo.

Se a maioria, tanto entre cientistas quanto entre religiosos, está no meio-termo, o cenário é propício para o diálogo. Mas, por algum motivo, o diálogo não acontece, ou é sufocado pelas posições extremistas dos dois lados. E aí eu acho que meus colegas têm um pouco de culpa nisso. Um Dawkins da vida faz uma boa autopromoção, é verdade, mas a mídia também ajuda, porque posições extremistas são “mais notícia” do que posições de acomodação. Talvez seja o caso de repensarmos nossas pautas nas redações para dar espaço a essa maioria que anda silenciosa. Ou silenciada.

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