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Ni hao,

CARREGANDO :)

Aqui perto de casa, em frente à escola da Mariana, há um parque chamado Si Hai.

Minha primeira experiência com este parque foi catastrófica! Assim que chegamos a Shenzhen, em pleno verão, li que só havia 2 pistas de skate em toda China, e uma delas ficava lá. Pedi para a Liu nos levar após o trabalho ignorando que, às 5 horas da tarde de um dia de verão em Shenzhen, a sensação térmica beira os 40 graus à sombra. A Liu andava (corria?) uns 10 passos à nossa frente, enquanto Mari, Dudu e eu tentávamos segui-la com a língua de fora e o suor escorrendo pela testa. De vez em quando a Liu parava para a gente poder descansar esprimidos, os quatro, debaixo de sua sombrinha.

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A segunda vez foi uma grande surpresa!

Deixei o Dudu no futebol num sábado, lá pelas 10 da manhã, e fui bater perna para passar o tempo. Entrei no Si Hai Park, sem lembrar que era a infernal pracinha do skate, e descobri maravilhada onde os verdadeiros chineses se escondiam!

A temperatura de outono era amena e os chineses estavam todos lá se divertindo à maneira oriental: cantando, pescando, fazendo picnic, jogando cartas e dançando… dançando muito!!!

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A terceira vez que fui ao parque, num dia de semana, 8 da manhã, foi para filmar a Liu dançando.

Achei que ia ser moleza encontrá-la no Si Hai, mas demorei a achá-la. E que bom que foi assim, pois pude, mais uma vez, testemunhar o colorido, a música, e a alegria dos chineses mais velhos que, mesmo aposentados, acordam cedo para dançar e aprender a dançar no parque.

Depois de encontrar a Liu e de filmá-la dançando, ela me levou para conhecer seus amigos.

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Gente, que amigos!

Uma chinesa de 50 anos e um chinês de 80, com aspecto muito mais jovem, que praticam, todas as manhãs, o tai-chi, como se diz no ocidente.

O nome em chinês é “tài jí quán” e se pronuncia mais ou menos assim: tai!di?tchuan? (os pontos de exclamação e interrogação referem-se às entonações que devemos usar). Falar chinês não é mole não!

Além do Taichi, eles também praticam a dança da Dadao, ou grande espada

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A espada com que eles dançam é maleável e, obviamente, sem fio. Mas, ainda assim, é de arrepiar!

Depois deste showzinho particular, me dei por satisfeita e peguei o rumo de casa. Fui, no entanto, cruzando com diversas outras atrações e filmando para mostrar para vocês.

Já na saída do parque, parei para ver um senhor tocando um instrumento chinês chamado Er hu composto de duas cordas e um arco. O depoimento de um professor de Er Hu, que peguei na Internet, explica o som do instrumento. Vejam se vocês concordam com ele. (A Liu, que está aqui do meu lado me ajudando, disse que a-d-o-r-a Er Hu!).

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“Er Hu é um instrumento musical que tem sons muito parecidos com a voz humana, pois possui tons suaves e pode tocar diretamente o fundo do coração da pessoa. Além disso, Er Hu é capaz de expressar perfeitamente os diferentes sentimentos humanos, como alegria e tristeza”.

É amigos, como vocês podem ver, a China não é uma caixinha de surpresas, é um container inteiro!!!

Zai jian.