Ni hao,
Vez ou outra, me vejo frente a frente com a seguinte pergunta: “você gosta de comida chinesa?”
Quando a pergunta vem de algum expatriado como nós, basta franzir um pouco a testa e responder “de algumas”.
Porém, quando a pergunta vem de um chinês, a coisa complica. Tenho total consciência de que, assim que começo a mentir, não importa sobre qual assunto, uma tela de LCD se instala automaticamente em minha testa e começa a piscar “ela está mentindo, ela está mentindo”.
Por conta disso, resolvi formular uma resposta padrão que retratasse a realidade (pelo menos parte dela, confesso), que não ferisse os sentimentos dos chineses e pudesse ser sacada toda vez em que me visse diante da famigerada pergunta.
Praticando:
Chinês: “ ni xi huan zhong guo cai ma?”
Chris: “Toda vez em que experimento comida chinesa, eu aprecio muito. O problema é conseguir vencer a barreira do preconceito e do medo do desconhecido”.
Gostaram da resposta politicamente correta? Não entenderam muito bem o que ela significa na prática? Então vamos a alguns exemplos.
Você está andando pela rua, presa a seus pensamentos, sem saber se está na China, no Brasil, no passado ou no futuro e, de repente, se depara com isso em frente a um restaurante:
O que acontece em seguida é que essas imagens ficam guardadas em sua memória emocional e, toda vez que um prato desconhecido é colocado à sua frente, elas reaparecem vividamente e começam a gritar: “perigo, perigo, perigo!” (alguém aí lembra do robô do Perdidos no Espaço?).
E o que são pratos desconhecidos?
Abaixo está a foto do menu dos pratos que foram servidos num jantar a que fomos convidados e, em seguida, a foto dos pratos. Aliás, pratos lindos e deliciosos!!!!
Exercício 1: ligue a figura ao seu nome correspondente:
De volta das férias do Chinese New Year, a Liu, nos trouxe um presente.
Exercício 2: Assinale a opção correta do que era o presente:
Às vezes, um simples sagu ou um peixe no espetinho nos dão repulsa apenas por causa da sua aparência, digamos, pouco tradicional.
Outro dia, passeando pelo shopping com minha amiga Fu Ling, avistei este painel gigante e pensei: “Nossa, isso parece um bicho, mas com certeza é algum tipo de chocolate!”
_ Fu ling, isso é chocolate com o que?
_ Isso não é chocolate, é pepino do mar seco.
_Sabia!!!
A realidade é que às vezes a gente até tenta comer comida chinesa, mas sem um amigo chinês nos ciceroneando, é praticamente impossível.
Já tinha ido duas vezes com a Fu Ling e o Hera a um restaurante chinês gigante, onde cabem 12.000 pessoas (a China é realmente superlativa!)! Num domingo, cheia de auto confiança, resolvi que EU, sozinha, ia levar a família para experimentar os pratos que a Fu Ling havia me apresentado antes.
Para minha surpresa, aos domingos o sistema é de buffet e não à la carte. Eu e Mariana fomos até o buffet, e como esperado, não reconhecemos nenhuma comida: “Aquilo é polvo? Não, é cogumelo. Tem certeza? Tenho… não!”
Voltamos à mesa e pedimos o cardápio (aliás, o maior cardápio do mundo). De novo, nenhuma foto conhecida. A esta altura do campeonato, as crianças já tinham feito abaixo assinado para irmos ao Mc Donalds.
Sem alternativa, pagamos por um chá que o Luiz tinha pedido só para não deixar a garçonete sem graça , e fomos embora.
Terminamos no “Spaghetti House” comendo macarrão à bolonhesa e tomando Coca-Cola na jarra (juro que a jarra veio com o canudo dentro).
Bom Carnaval!!!
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