De volta à Shenzhen!

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Ni hao,

Amanhã fará 1 semana que voltamos à Shenzhen. Às vezes, tenho a sensação de que nunca saí daqui.

Às vezes, me pego indignada com algumas coisas que eu já deveria estar mais do que acostumada, como por exemplo, este calor amazônico! A gente está sempre suando no bigodinho, o sol frita o cérebro e você não consegue mais raciocinar. De repente, chove! Ou melhor, chega um tufão e você sai recolhendo as cadeiras, plantas e roupas que estão na varanda. Ah, e agora as gatas para elas não saírem voando por aí!

Outra indignação é com a grandiosidade da cidade e, ao mesmo tempo, com seu amadorismo.

Olhem nas fotos abaixo. Esta é da grande avenida do nosso bairro, com suas pistas largas, prédios altos, painéis luminosos e…. motos. Ah, as motos! Com 4 ou mais pessoas, buzinando em nossos ouvidos em cima das calçadas. Calçadas, aliás, que além de dividir com as motos, precisamos dividir também com os carros! Fui levar o Dudu de bicicleta até a casa do amiguinho e tive vontade de fazer aquela coisa bem subdesenvolvida de ir arranhando as portas dos carros com a chave. Sinto muito, mas essa parte da China é realmente muito irritante!

Estas fotos são do corredor de mais ou menos 1 metro de largura que, por conta das obras (caraca, dá para parar de fazer obra!!!), eles gentilmente deixaram para ser dividido entre pedestres, bicicletas, motos e afins. Quando chove (ou seja, todos os dias), vira um lindo córrego tropical!

Em compensação, meu oásis no deserto está do jeitinho de sempre: a Yogalife. Chinesinhas simpáticas na recepção nos cumprimentando em chinglês, ar condicionado, lounge, chazinho e aulas acompanhadas por trilhas sonoras, digamos assim, inusitadas. Hoje, por exemplo, fiz aula de pilates ao som de Perfidia (Mujer, se puedes tu com Dios hablar…) e The Impossible Dream (Sonhar, mas um sonho impossível…). Impossível mesmo é fazer 100 abdominais ao ritmo de bolero!

Mas, nesse 1 ano de China, eu já aprendi o truque: manter o bom humor, sempre!
O que é, por exemplo, este novo lançamento do Mac Donald’s? (Reparem no preço: só R$ 3,00).

E os caracóis tamanho família que aparecem por aqui? Devem ser o sonho de consumo da francesada que povoa nosso bairro! E falando em bichos, vai um sapinho para o jantar?

Fora isso, o de sempre. A mulherada usando mangas avulsas para se proteger do sol, o guardinha sentado confortavelmente com seu celular, as carrocinhas vendendo macarrão e outras quinquilharias pelas ruas, as motos e suas mil e uma utilidades …. enfim, a China.

Uma China meio avacalhada, irreverente, criativa, improvisada, mas que é, definitivamente, nosso novo lar. E que, tenho que confessar, onde começo a me sentir estranhamente (põe estranhamente nisso!) em casa.

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