Hong Kong e Shenzhen em 2 dias.

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Ni Hao,

Quem leu meu post sobre Dubai sabe que, nos dois dias que estive por lá, conheci praticamente a cidade inteira! Mas olha que engraçado: depois de dois anos na China, eu mal conheço os principais pontos turísticos de Shenzhen e Hong Kong.

Nesses dois anos, estive tão preocupada com a adaptação da família no planeta China, que todos os meus esforços foram direcionados para a escola, o supermercado, a comida, o plano de saúde… enfim, para tudo que nos fizesse sentir como verdadeiros Shenzhenenses.

Confesso que o fato de não ter uma rotina de trabalho de 8:00h às 6:00h e um salário fixo também colaboraram para me dar um certo sentimento de culpa. Tipo, todo mundo ralando e eu me divertindo. Não dá, né?

Não dava! Depois que voltei das férias no Brasil, resolvi mudar essa história de vez. Que palhaçada é essa de só ficar dentro de casa preocupada com a comidinha das crianças?

Como o mundo conspira a favor de quem está determinado a fazer alguma coisa, meu amigo Hera, que já desbravou boa parte do mundo e principalmente da China, estava de férias da escola (ele é professor, lembram?) e se ofereceu para me guiar por aí.

Pronto! Perfeito! Por onde vamos começar? Quero recuperar o tempo perdido!

Bom, primeiro montamos um roteiro de ridículos oito dias de viagem (o que são oito dias pra visitar este país gigante?) pelos principais pontos turísticos da China o qual seguirei, passo a passo, mês que vem, com uma amiga que vem do Brasil. Sei que este não é o blog Eu viajo bastante nem Volta ao mundo, mas ainda sim vou resumir o roteiro para vocês ficarem com água na boca.

As passagens aéreas para todos esses lugares dentro da China totalizam mais ou menos R$ 1.000,00.

Mosteiros Suspensos em Datong, Cidade Proibida em Pequim e Guerreiros de Terracota em Xian já são um bom começo, não? (Wikimedia Commons)

Em seguida, fui fazer um passeio obrigatório para quem mora em Shekou como eu: subir a Nanshan Mountain. Em 40 minutos de caminhada, sendo boa parte de escadas, chega-se ao pico da montanha de onde se pode ver parte do distrito de Nanshan assim como Hong Kong. Pelas fotos, vocês poderão entender por que Shenzhen é considerada a cidade mais verde da China.

Vale dizer que “subir montanha” é uma tradição chinesa de muitos e muitos anos e que, no Chong Yang Festival (que, por coincidência, acontecerá dia 9/9), os chineses sobem montanhas para se protegerem dos perigos. A Nanshan Mountain fica lotada de gente carregando suas lanternas. Lindo de se ver!

Céu, mar, floresta e arranha-céus. Eu moro bem de frente para o Delta do Rio das Pérolas.

Casal dançando na pracinha aos pés de Buda. Existe algo mais China do que isso?

Essas placas, qualquer um consegue ler: multa de 100RMB para quem tentar colocar fogo na floresta.

Hera, tá rindo do que amigo? Ainda estamos no comecinho da escadaria!

O passeio está começando a perder a graça.

Os chinesinhos pediram para tirar foto com o Hera. Só com o Hera. E eu me achando a gostosa do pedaço de shortinho e camiseta molhada de suor!

Coisinhas chinesas que a gente vai encontrando pelo caminho.

Banheiros limpíssimos e perfeitamente integrados à paisagem!

Dois dias depois, ainda sentindo o impacto do passeio à Nanshan Mountain nos quadríceps e nas panturrilhas, fomos visitar os principais pontos turísticos de Hong Kong. Nós e todos os chineses que ainda estavam curtindo as férias escolares. Só para lembrar: Hong Kong é uma das duas Regiões Administrativas Especiais da China (a outra é Macau) e, por enquanto, os chineses da “Mainland” ainda precisam de visto de entrada. Ironicamente, brasileiros não.

Às 8:30 da matina, a imigração estava uma loucura e precisei ficar cinquenta minutos na fila que, apesar de muito zoneada, pelo menos andava rápido! Vejam no vídeo abaixo.

Primeira parada: Museu de História de Hong Kong. Museu não é programa que agrade a todo mundo, mas valeu a pena! A cronologia começa a contar de 400 milhões de anos, quando as ilhas se formaram, até os dias de hoje quando o país deixou de ser colônia inglesa e voltou para a China, passando pela trágica e marcante invasão japonesa em 1942.

Hong Kong e suas ilhas. O museu fica onde o Hera está colocando o dedinho.

E pensar que tudo isso começou há apenas 400 milhões de anos!

Segunda parada: Avenue of Stars onde os artistas chineses deixam suas mãozinhas marcadas na calçada da fama e de onde se consegue ver o show de luzes que rola todos os dias às oito da noite.

Câmera, ação! Ao fundo, o Centro de Exposições de Hong Kong.

Todos os dias, às oito da noite, acontece o famoso show de luzes. (Wikimedia Commons)

Bruce Lee e Jackie Chan, ícones das artes marciais no mundo.

Terceira parada: Loja da Apple para o Hera comprar um iPhone 4 novo. Para quem quer saber se vale a pena comprar eletrônicos por aqui, ele pagou 3.488 Hong Kong dólares ou R$ 1.060,00. Segundo o Hera, a diferença de valor entre Brasil e China no iPhone 4s e no  iPhone 5 é bem maior. A conselho dele, pesquisei na Apple Store dos 2 países o valor do iPhone 5 de 16GB e achei o seguinte:

Hong Kong – R$ 1.698,00 (HK$5.588)

Brasil – R$ 2.399,00

Ops! Bem mais caro mesmo!!!

Acho difícil haver uma loja da Apple com vista mais bonita do que esta.

Quarta e última parada: The Peack, de onde você pode ter a mais bela vista de Hong Kong e se sentir dono do mundo!!!

Hera, que espetáculo, hein!?

Este roteiro todo foi cumprido em 11 horas usando como transporte metrô, ônibus e barco.  Numa das poucas vezes em que o Hera precisou parar para pedir informação (pô, Hera, e você precisa lá de informação?), fomos super bem atendidos numa loja linda! Fazer turismo num país que respeita o turista é outra coisa!

Momento piada: Sabem por que é necessário 500 milhões de espermatozoides para fecundar um óvulo? Porque nenhum deles gosta de parar pra pedir informação.

E o que de importante ficou de fora do nosso passeio? Muita coisa, como por exemplo: a visita ao Buda Gigante na Ilha de Lantau (esse passeio eu fiz ano retrasado (perdi todas as fotos!) e é simplesmente sensacional!), Tai O Village (há fotos no meu post do ano passado), Ocean Park (também perdi as fotos!), Disney, baladas noturnas e compras, é claro!

Não há um só turista que não tire uma foto com as mãozinhas imitando as do Buda. (Julie Ann G)

Para chegar ao Buda, a gente vai de teleférico, que tem chão de vidro, e vê Hong Kong e Shenzhen lá de cima! O máximo! (Wikimedia Commomns)

Wan Chai Road, onde a galera passa a noite bebendo entre outras coisinhas. (Karsten Petersen)

Além dos brinquedos, eles têm um aquário maravilhoso e… pandas!! (Desmorider on Flickr)

Bom, caso vocês tenham interesse em conhecer Shenzhen ou Hong Kong já sabem que podem contar comigo e com o Hera para acompanhar vocês. Garanto que será diversão na certa!

再见！

Zai Jian！