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Ni hao
你好

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Beijing! Finalmente, chegamos à China. Shenzhen é apenas uma amostra do que a China deverá ser se continuar se abrindo para o mundo. Uma China moderna, mais civilizada, com um pé no mundo ocidental devido à proximidade de Hong Kong.

Beijing está muito mais próximo daquela China tradicional de que ouvimos falar antes de vir para cá.

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Começo pelo tempo: 30% de umidade, temperatura variando entre zero e cinco graus positivos (isso, porque demos sorte, pois no dia seguinte ao que fomos embora, a temperatura caiu para -9ºC!).

Tamanha secura fazia com que tomássemos choque em todos os objetos do hotel, do botão do elevador à maçaneta da porta. A família brasileira vestia meias, ceroulas, blusas térmicas, calças, blusas, casacos, casacões, gorros, luvas e cachecóis. Considerando uma média de 10 peças de roupa por pessoa, a família inteira estava vestindo por volta de 60 peças!!!

Agora, imaginem a sensação térmica nas muralhas! Se não fosse pelo sobe e desce dos degraus e das rampas ultra íngremes, não teríamos aguentado ficar tanto tempo lá em cima.

Ainda mais porque o banheiro era ar-re-pi-an-te. Acho que ele também foi construído pelos soldados, há mais de 2.200 anos, como uma estratégia secreta de aniquilamento do inimigo pelo cheiro.

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As muralhas são simplesmente magníficas!!!

Imaginar que devemos ter andado no máximo 1 quilômetro dos 7.000 que elas possuem! Imaginar que ao longo de 2.000 anos elas foram sendo construídas usando, basicamente, barro e pasta de farinha de arroz com cal hidratada. Imaginar que se estima que cerca de dois terços do monumento estejam em ruínas.

Durante nosso passeio às Muralhas, o Dudu teve que tirar diversas fotos com os chineses que simplesmente são apaixonados por crianças ocidentais. E é óbvio, que depois da terceira foto, ele já estava fazendo as contas de quanto ganharia se cobrasse 10 RMB por cada.

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Voltando à Beijing, além do tempo extremamente frio, a cidade também possui alguns dos problemas de toda cidade grande: trânsito engarrafado, metrôs lotados e taxistas querendo passar os gringos para trás. Isso, quando eles paravam para gente.

E como em toda cidade grande, em dia de comemoração, a galera vai para rua festejar. Neste caso, estamos falando do natal. Sim, amigos, há natal na China. E a diferença não está apenas no fato dele chegar 12 horas mais cedo (como comentou um amigo no post anterior), mas sim na total desconexão com o sentido cristão do natal.

Na famosa rua Wangfujin, as pessoas andavam enfeitadas de arcos de chifrinho de rena, chifrinhos de diabo piscantes, lacinhos de Mini, máscaras de carnaval… valia de tudo para mostrar que se estava no clima natalino, seja lá o que isso fosse!

Além disso, o centro “business” da cidade estava totalmente decorado. Os chineses são feras quando se trata de iluminação!

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No shopping, onde paramos para fazer a “ceia”, houve contagem regressiva para a chegada do natal e, à meia noite, todos gritaram: êêêêê!!!!

Aliás, isso é que um mundo globalizado: erámos um bando de brasileiros, passando o natal na China e ceando num restaurante japonês.

Desculpem pela brincadeira, mas foi inevitável!

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Ainda sobe o natal, havia uma igreja perto da rua Wangfujin e, em frente à ela, uma porção de chineses tirando fotos e aguardando alguma coisa surpreendente acontecer.

Mas o surpreendente mesmo foi o que eles fizeram. Na noite seguinte à do natal, os chineses se reuniram na pracinha da igreja para dançar! O líder, do alto dos degraus da igreja, criava as coreografias e todo mundo ia copiando. Cada vez mais chineses se aproximavam, olhavam e se juntavam ao grupo. Velhinhos, adolescentes, dondocas com a bolsa LV pendurada no antebraço… um espetáculo lindo de união pela música e pela dança! E, porque não, de democracia.

Infelizmente, o Youtube é censurado na China e estou tendo dificuldades de postar vídeos para o blog. O que é uma pena porque a filmagem dos chineses dançando estava muito boa. Vocês vão ter que ficar apenas com a foto, por enquanto.

Voltando às diferenças entre Beijing e Shenzhen, em Beijing o escarro faz parte da paisagem. Literalmente. Quando se anda a pé pela cidade, o que foi o nosso caso, não dá para tirar os olhos do chão para não correr o risco de pisar em alguma pocinha.

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Até no aeroporto, na sala de embarque, tinha gente escarrando.

Cheguei a tirar uma foto para provar que não era exagero meu. No entanto, achei melhor não postá-la para não perder a categoria logo no último dia do ano.

Segundo a Liu, que tentou justificar a nojeira, os “beijinenses” produzem muita secreção por causa do tempo extremamente seco. Só perdoei o comentário porque foi da minha queria “ayi”.

Subindo o nível da conversa…. assim como as Muralhas, a Cidade Proibida também é um espetáculo!

É uma cidade dentro de outra. São 720.000 metros quadrados, 980 edifícios com 8.707 salas. Durante 500 anos, a contar de 1400, apenas o imperador, sua família e seus empregados podiam frequentar a cidade. Quem tentasse se aproximar sem autorização era sumariamente executado (provavelmente trancado no banheiro das muralhas). Por isso, o nome de proibida. Vou rever os filmes O Último Imperador e Mulan que, a partir de agora, ganharam um novo sentido para mim.

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A hierarquia na foto (primeiro o Luiz, depois sua esposa e assim por diante) é proposital para simular como as autoridades chinesas ficavam perfiladas em dia de eventos. Reparem nas marcas no chão que ainda são as originais.

Visitamos outros locais turísticos de Beijing como Houhai, O Templo do Céu, a Praça Tian’anmen (coincidentemente no dia do aniversário de Mao), o Ninho do Pássaro e por aí vai.

Mas, a principal lembrança, que levaremos para sempre em nossa memória, é a da rua dos espetinhos!

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Amigos, chinês realmente come de tudo!!!

Escorpião, cobra, cachorro, besouro, cavalo marinho, estrela do mar, lacraia, aranha, lagartixa, polvo foram apenas alguns dos animais e insetos que conseguimos ver ou reconhecer.

Eles compram vários espetinhos, vão passeando pela rua, comendo e jogando os pausinhos no chão.

Um desses espetinhos jogados no chão, por acidente, grudou na minha bota e, ao andar, espetei-o na canela do Marquinhos que estava logo à minha frente. Foi só aí que percebi o quão impressionado estávamos com tudo aquilo: ele começou a pular e gritar como se os escorpiões tivessem descido do espeto para atacá-lo. O que não seria improvável, já que os bichinhos são mantidos vivos antes de serem jogados à frigideira.

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E, para justificar o título deste blog, declaro que, sim, comemos cobra e vamos mostrar o espetinho nas fotos mais abaixo.

E, pior de tudo, gostamos!

Só mais um detalhe antes das fotos: enquanto o chinês da barraquinha do escorpião esperava o espetinho fritar batendo papo conosco (parte em chinês, parte em inglês, parte em mimiquês), ele aproveitou para limpar o excesso de secreção devido à secura do ar e escarrou … no chão da cozinha!

Feliz 2012 para todos e até o ano que vem!

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明年再见