Passar a trabalhar em uma cozinha maior é uma alegria que muitos cozinheiros amadores podem imaginar. Mas para quem precisa ganhar escala na produção e melhorar a logística, ter alguns metros quadrados a mais, uma coifa ou apenas mais espaço para circulação equivalem a aumentar o ritmo (e a produtividade) e a possibilidade de ampliar o quadro de cozinheiros e agilizar o serviço.
[Curta o Verdura sem Frescura no Facebook!]
A hamburgueria vegana Mamba Vegan, aberta em fevereiro de 2015, saiu da loja comercial em que estava desde o seu início para uma casa com quintal em dezembro de 2016; e o Semente de Girassol, inaugurado em março de 2013, mudou-se para um salão de um casario antigo a poucos metros do antigo endereço (leia sobre o Mamba e o Semente de Girassol mais abaixo).
Além delas, duas empresas que trabalhavam apenas sob encomenda começaram 2017 com um ponto físico para atendimento ao público, ambos na fase de ajustes: a Fejón Cozinha Vegana e a Hangry Grrrls.
Fejón Cozinha Vegana
A Fejón Cozinha Vegana, que entrega marmitas de terça a sexta e faz pratos salgados sob encomenda, está abrindo aos sábados para atendimento ao público das 12 às 16h. Em reforma desde outubro, a estreia foi no sábado, 4 de março, com uma hamburgada – foram vendidos 80 sanduíches, fora as porções de croquete e empadinhas de jaca e de palmito.
No novo espaço, uma cozinha ampla facilitou o trabalho de Stefanie Aurelio e Eduardo Siqueira, que antes cozinhavam em casa. Os eventos são sempre aos sábados a partir das 12h, com pagamento em dinheiro e cartão, e cardápio que muda semanalmente. Confira na agenda mensal do blog. 😉
Endereço: Fejón Cozinha Vegana. Rua Murilo Amaral Ferreira, 618, Água Verde – (41) 98736-4931. Apenas aos sábados, consulte a página no Facebook.
Hangry Grrrls
Próximo do Centro, Giulie Amaral e Clari Penha, da Hangry Grrrls, estão em regime de soft opening na Villa Mariantônio, galeria colaborativa no Batel. Elas criaram a marca em 2014 em Matinhos, no litoral paranaense, e em abril de 2016 mudaram-se para Curitiba. Em janeiro deste ano compraram o ponto em que funcionava a Flor de Jasmim, uma casa de chá ovolactovegetarianana na Villa Mariantônio.
Para a nova empreitada, Giulie e Clari estão revendo a identidade visual e o nome para batizar a cafeteria e confeitaria vegana e por enquanto o espaço não tem horário de funcionamento – quando o espaço abrir, elas avisam pela página do Facebook. No cardápio da confeitaria, estarão cupcakes, bolos recheados, tortas e outros preparos de doce, sempre veganos. Na parte de salgados, terá baguete com recheios que mudarão semanalmente. Para beber, café e chás (boa parte do portifólio da Flor de Jasmim ainda está disponível no local e tem alguns achados por lá!). As carnes e queijos vegetais continuam sob a marca Hangry Grrrls e vendidos em mercearias e empórios veganos, como o Armazém VegAninha.
Endereço: Hangry Grrrls. Rua Gutemberg, 585, dentro da Villa Mariantônio. Em soft opening. Apenas em dias agendados, consulte a página no Facebook.
Mamba Vegan
O Mamba Vegan, com dois anos completos em fevereiro, inaugurou seu novo endereço no início de dezembro, próximo ao primeiro local em que funcionou a hamburgueria – o qual virou um terreno baldio com tapume.
Especulações imobiliárias à parte, a nova casa do Mamba tem dois salões, um balcão na entrada, uma cozinha ampla e quintal na parte de trás. O aumento de espaço físico, no entanto, não refletiu na capacidade do salão (passou de 30 para 44 pessoas sentadas) para garantir conforto. “As mesas estão em ambientes separados e dá essa sensação de mais espaço e intimidade, principalmente no salão dos fundos, que geralmente reservamos para aniversário”, explica Vinicius Buenaventura, sócio da hamburgueria.
O cardápio ganhou uma sobremesa fixa e três novos lanches salgados. Cada um dos sanduíches existentes tem um acompanhamento próprio, pensado para combinar com o recheio do sanduíche. É possível pedir, ainda, uma porção extra de salada, batata ou mandioca frita por um acréscimo de R$ 3.
Se não é mais possível escolher o sabor de burguer com os recheios, as opções do cardápio refletem um estudo em combinação de sabores mais maduro. O Valentina (R$ 19), que já estava no cardápio antigo, agora vem acompanhado de massa salgada frita (com a aparência de borda de pastel) e molho agridoce de maracujá. O sanduíche é montado com burguer é de grão-de-bico com espinafre e zaatar e pasta de azeitona preta, rúcula, castanha de caju e queijo vegetal tipo provolone.
Eu, como cliente, prefiro que quem elaborou a comida me diga o que ficou melhor com o quê e quando se tem um cardápio enxuto como o do Mamba, é preciso que seja certeiro. Se quiser algo surpreendente, sugiro um dos novos: o Benjamim (R$ 20) vem com dois hambúrgueres de tofu com tomate seco e cogumelos chapeados e broto de alfafa em pão de hambúrguer integral com grãos, mostarda escura à parte (ótimo para colocar dentro do sanduíche, se for do seu agrado) e batatas rústicas. Aliás, as batatas fritas, seja a rústica ou a palito, sempre estão no ponto: crocantes por fora e quase cremosas por dentro.
Além do Benjamin, as outras três novidades são dois lanches sem glúten e uma sobremesa tipo hambúrguer. Federico (escabeche de berinjela, queijo vegetal tipo branco e fritada de cenoura, R$ 15) e Jaci (relish de tomate picante, queijo vegetal tipo branco e espinafre refogado, R$ 15) são servidos dentro de uma massinha caseira sem glúten (porém, há contaminação cruzada) e o Mafalda (R$ 16) simula um sanduíche de hambúrguer em pão doce com um “chocoburguer” de amendoim com leite de coco e cacau em pó, creme de abacaxi, queijo de manga e kiwi fresco.
Serviço: Mamba Hamburgueria Vegana. Rua Carlos Cavalcanti, 1345, São Francisco. Abre às terças das 18h às 22h30 e de quarta a sábado das 14h às 22h30. Acompanhe a página do Facebook.
Semente de Girassol
Assim como a Veg Veg, que em um ano teve que pular para uma sala comercial maior exatamente ao lado da primeira e posteriormente, alugar uma casa, o Semente de Girassol tem demonstrado um ritmo de expansão similar – isso sem considerarmos que o antigo Balarama é outro imóvel que a loja de conveniência vegana aluga há anos. Com o novo endereço do Semente, o Balarama talvez volte a funcionar (aguardemos!).
O Semente de Girassol mudou-se para um salão de um edifício histórico na mesma rua, a 100 metros de distância. Agora fica na esquina das ruas Treze de Maio com Mateus Leme e a cozinha opera no mesmo endereço. Ajuda na logística, especialmente no almoço, que deixou de ser prato feito (que podia ser repetido) para virar um buffet livre. O preço continua R$ 10 por pessoa, com suco.
O salão estava sendo reformado há um ano para se adequar às exigências da Prefeitura. A fachada foi restaurada pelo dono do imóvel e na parte interna, Emerson Apio, o proprietário do Semente de Girassol, contou com a ajuda de amigos para finalizar a reforma.
A ideia de diminuir o impacto ao meio ambiente vai além do cardápio vegano: há captação da água de chuva para o sanitário, as tintas são à base d’água, a iluminação é em led e boa parte dos materiais usados é de reuso. Os clientes são incentivados a trazer suas embalagens para viagem para que se diminua o uso de embalagens descartáveis de alumínio e plástico. As opções para comer são as mesmas: quibe, escondidinho de proteína de soja, pizzas do dia, torta de milho, bolos e sanduíches, dependendo do horário e dia.
Serviço: Semente de Girassol. Rua Treze de Maio, 600 (esquina com a Rua Mateus Leme), Centro. Abre de segunda a sábado das 10 às 21h e aos domingos e feriados das 10 às 19h.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião