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Qual a diferença entre vegetariano e vegano?

O vegetariano é, por definição, quem se alimenta apenas de vegetais. Mas o termo abarca todos os tipos de vegetarianismo, tais como ovolactovegetariano e vegano. Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo (Foto: )

Qual a diferença entre vegetariano e vegano? A pergunta parece simples de responder para quem já está familiarizado com o tema, mas causa confusão na cabeça de muita gente. A ideia neste post é manter um glossário da alimentação sem carne para você tirar dúvidas sempre que necessário.

Vegetariano – O termo abarca todos os tipos de vegetarianismo. O vegetariano, por definição, exclui de sua alimentação todos os tipos de carne (bovina, suína, de aves, peixes e frutos do mar, carnes de caça e outros) e seguindo a lógica dos prefixos lacto- e ovo-, seria uma dieta baseada exclusivamente em vegetais, tais como a descrita no item vegetarianismo estrito abaixo. Porém o termo vegetariano é comumente usado como sinônimo de ovolactovegetariano. Isso significa que fritura, cerveja, glúten, açúcar refinado e outros tipos de alimentos não saudáveis podem ser consumidos dentro dessa categoria, uma vez que alimentação natural e vegetarianismo nem sempre caminham juntos.

Sobremesa vegana que era servida pelo Mahatma Gourmet no jantar. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

Sobremesa vegana que era servida pelo Mahatma Gourmet no jantar. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

Ovolactovegetariano – É o nome da dieta adotada por pessoas que não comem carnes (bovina, suína, de aves, peixes e frutos do mar, carnes de caça e outros), mas consomem ovos, laticínios e podem aceitar outros produtos de origem animal, tais como mel.

Lactovegetariano – O prefixo lacto- indica o consumo de laticínios. Assim, o lactovegetariano não come carnes (bovina, suína, de aves, peixes e frutos do mar, carnes de caça e outros) nem consomem ovos. Pode aceitar outros produtos de origem animal, tais como mel.

Ovovegetariano – O prefixo ovo- indica o consumo de ovos, porém não consome laticínios. Não come carnes (bovina, suína, de aves, peixes e frutos do mar, carnes de caça e outros) mas pode aceitar outros produtos de origem animal, tais como mel.

Vegetariano estrito – É praticado por quem come apenas vegetais, retirando de sua alimentação carnes (bovina, suína, de aves, peixes e frutos do mar, carnes de caça e outros), ovos, laticínios, mel, corantes de origem animal (como o corante caramelo I, que pode ser obtido de animais como a cochonilha, um inseto de coloração vermelha), entre outros.

Sorvete de baunilha da Freddo ganha versão vegana. Foto: Kauana Bechtloff/Divulgação

Mesmo que o produto seja de uma empresa que não é vegetariana ele pode ser chamado de vegano para uma comunicação mais prática e evitar a ambiguidade do termo vegetariano.  Um exemplo é o sorvete que não contém ingredientes de origem animal, como este de baunilha da Freddo. Foto: Kauana Bechtloff/Divulgação

Vegano – O veganismo é uma filosofia de vida calcada na ética e não exploração de animais em todas as esferas da vida. Sua alimentação é vegetariana estrita e o boicote também é feito a produtos e serviços que usem, de alguma maneira, o trabalho ou matéria-prima de origem animal, tais como entretenimento (zoológico, aquários, rodeio, touradas, pesca), mobiliário e vestimenta (couro, seda, lã), medicamentos e cosméticos testados em animais, entre outros. O termo vegano é comumente usado para descrever alimentos que não contém ingredientes de origem animal.

Frugívoro – É o nome dado a quem adota uma dieta à base de frutos, ou seja, come-se apenas uma parte da planta e talo, raízes e folhas não são ingeridos. A botânica classifica os frutos como simples (a maior parte, tais como limão, maçã, abobrinha, entre outros), compostos (o morango é o principal exemplo: cada “sementinha” é, na verdade, uma fruta), infrutescências (como abacaxi e figo, pois cada “gomo” é uma flor pequena que virou fruto), secos (como as castanhas e o coco). A dieta permite a ingestão de frutos crus ou cozidos e também é chamado de frugívoro quem consome a maior parte (de 70 a 80%) de seus alimentos a partir de frutos. Uma alimentação com 100% de frutas seria frutariana, uma categoria dentro do frugivorismo.

Frutas, castanhas e legumes desidratados são permitidos no crudivorismo. Foto: Leticia Akemi/Gazeta do Povo

Crudívoro – O crudivorismo também é chamado de alimentação viva e a dieta mais famosa é a de Douglas Graham, que preconiza uma alimentação baseada em frutas doces (80%), com baixo percentual de gordura (10%) e proteínas (10%). É considerado cru o alimento “cozido” até 42 graus C, temperatura que mantém as enzimas ativas. Dentre as técnicas usadas para o preparo da cozinha crudívora estão a germinação, fermentação, desidratação, liquefação, extração de sumo, hidratação e processamento. Quem consome 70% de alimentos crus e 30% de cozidos também é considerado crudívoro.

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Freegan – O termo é um neologismo que une as palavras “free” (livre) e “vegan”. Assim como o veganismo, o freeganismo é um estilo de vida que visa a diminuição ou anulação da participação no mercado de consumo. A alimentação é feita a partir de alimentos que não sejam comprados ou na coleta de alimentos descartados por supermercados, restaurantes ou feiras. Engloba outras práticas, tais como ocupação de imóveis abandonados (no inglês, squat), reciclagem e coleta de produtos que ainda estejam em bom estado, entre outros.

E sem glúten? E orgânico? E funcional? Fazem parte do vegetarianismo? Essas e outras dúvidas estão nesta matéria do Bom Gourmet.

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Fontes: Sociedade Vegetariana Brasileira, Aline Trigueiro, Saúde Frugal por Eduardo Corassa, Douglas Graham, Bela Gil, Freegan.Info e Agência de Notícias de Direito dos Animais.

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