O mercado de influenciadores explodiu nos últimos anos, com marcas e consumidores recorrendo às estrelas das redes sociais para promover produtos e serviços. Desde blogueiras de beleza até “gurus” de investimento, os influenciadores se tornaram uma força poderosa no mundo do marketing. Tenho diversas ressalvas para o tipo de conteúdo que vem de muitos deles, mas é óbvio que temos que admitir que este é um mercado que só irá crescer e que, apesar dos problemas, traz diversos benefícios.
À medida que o mercado de influenciadores se torna cada vez mais saturado e os consumidores se tornam mais céticos em relação a conteúdos patrocinados, empresas dos mais diversos segmentos estão começando a buscar novas maneiras de se conectar com seu público. É aí que entra o conceito de influenciadores internos, ou Metainfluenciadores.
Apesar do nome pomposo, ele se refere, nada mais que, aos profissionais das próprias empresas que se tornam influenciadores nascidos dentro da estrutura da organização. Por muito tempo, as empresas eram super restritas com o tipo de conteúdo e a liberdade acerca do que seus funcionários podiam ou não falar. É óbvio que essas políticas ainda existem e continuarão existindo. No entanto, se por muito tempo muitas empresas viram como negativo o fato de seus funcionários criarem conteúdo, hoje isso está começando a mudar, com muitas delas não apenas permitindo, mas incentivando e criando programas internos para transformar alguns de seus funcionários em Metainfluenciadores.
Aqui no Brasil, um dos maiores exemplos vem da XP. Ao longo dos anos, a gigante dos investimentos criou ou se aliou a diversos influenciadores internos, como Ana Laura e Betina Roxo.
Esses Metainfluenciadores já estão intimamente familiarizados com os produtos, serviços e valores da empresa, o que pode tornar suas recomendações mais autênticas e convincentes. Além disso, os influenciadores internos podem ter uma melhor compreensão do público-alvo da empresa, permitindo-lhes personalizar sua mensagem de forma mais eficaz. Dependendo da estratégia e do portfólio de produtos da empresa, pode até mesmo fazer sentido ter mais do que um Metainfluenciador, atingindo públicos e perfis diferentes.
Uma equipe de influenciadores internos ajuda também a diversificar e internalizar canais de marketing. Isso é especialmente importante numa época como a de agora, com os custos para aquisição de clientes aumentando cada vez mais.
Obviamente, como quase sempre, nem tudo são flores. É necessário identificar as pessoas certas dentro da empresa que têm as habilidades, conhecimento e carisma necessários para serem influenciadores eficazes. Além disso, é preciso alinhar áreas como compliance e jurídico, já que diversas questões podem surgir. Afinal, de quem é a audiência sendo construída? Pensar sobre estes tópicos e tê-los em contrato pode ajudar a prevenir dores de cabeça futuras.
Esta é uma tendência que acredito que veremos crescer mais e mais ao longo dos próximos anos. É uma estratégia que pode funcionar para qualquer tipo de empresa e qualquer tipo de indústria? Sendo bem realista, como sempre sou, não. Mesmo assim, para determinadas indústrias, esta é uma tendência que movimentará milhões de dólares e trará novas dinâmicas para empresas de diversos segmentos.
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