O mundo mudou. Estamos passando por transformações nunca antes vistas. Tecnologias exponenciais aceleram a velocidade nos negócios. Ideias disruptivas estão criando e destruindo mercados em ritmo alucinado. A maioria das profissões do futuro ainda nem foi inventada. A inteligência artificial vai criar soluções e ameaças em igual proporção. Os robôs dominarão os ambientes à nossa volta.
Eu poderia passar a coluna inteira enfileirando clichês como esses, com os quais provavelmente você se depara a toda hora e que não causam mais qualquer impacto. Afinal, ok, você já sabe de tudo isso.
Mas a questão é que, em meio a tantos chavões desgastados a respeito do assunto, a pergunta mais importante raramente vem à tona: qual é o impacto que todas essas coisas irão causar, se é que irão causar, na sua vida, no seu dia a dia, na sua carreira ou no seu negócio?
Se você acredita, como eu, que esse é o debate que realmente importa, eu tenho uma ótima notícia. A partir de hoje, é exatamente a isso que esse espaço estará dedicado: a refletir sobre você amanhã. Mas sem sopa de letrinhas e muito menos tentativas de pintar a tecnologia, a inovação e a transformação como se fossem bichos feios, bravos e cabeludos que vão devorar você. Pelo contrário, vamos fazer isso de uma forma divertida, leve, e que torne concreto e tangível esse impacto potencial. E ao fazê-lo, espero que você tenha uma perspectiva muito mais bacana e pé no chão, que lhe permita não só compreender o que muda em sua vida amanhã. Mas, principalmente, que o que discutiremos aqui influencie você a agir de maneira mais consciente e menos sujeita ao sensacionalismo que muitas vezes ronda temas da moda.
Por exemplo, que tal começarmos falando a respeito da palavrinha mais usada hoje em empresas de qualquer tamanho e de qualquer setor? Sim, você provavelmente já a escutou também: inovação.
Para onde olhamos, tem alguém falando sobre inovação. Nas palestras, nas mídias sociais, nos eventos. Mas enquanto várias pessoas se engajam na discussão sobre o tema, existem muitas outras prestes a correr para as montanhas, sentindo-se meio desesperadas, já que ouvem a palavra inúmeras vezes e não enxergam toda essa inovação ao seu redor. E aí, vem aquela sensação de deslocamento. “Será que só eu não estou inovando?”.
Se em alguns momentos você também se sente assim, eu tenho mais uma boa notícia: inovação, no Brasil e em tempos recentes, se tornou algo que eu costumo comparar com o que era o sexo na minha época de adolescente. Todo mundo falava do assunto, mas quase ninguém fazia. E a maioria dos que diziam fazer, ou estava mentindo ou estava fazendo errado.
Inovação deve ser percebida por uma ótica muito mais aplicável e prática do que vemos em boa parte das vezes. Também deve levar em conta que inovar não depende necessariamente de tecnologia, outro equívoco comum. Inovar quase sempre tem relação com fazer o simples, com descomplicar a forma como as coisas são feitas, com ser capaz de pensar com a cabeça do cliente. É entender as dores de quem usa o serviço ou produto e encontrar jeitos, repito, simples, de amenizar essas angústias. Para isso, até podemos usar tecnologias exponenciais e disruptivas. Mas, no final do dia, o que faz e sempre fará de fato a diferença na equação é a capacidade humana de promover transformação. É por isso que, quando falamos de inovação, muito antes de pensar em tecnologia, devemos nos preocupar com mentalidade e cultura.
E é exatamente sobre essas e outras coisas que conversaremos aqui, nesse espaço, todas as terças. Sobre transformação concreta. Sobre ação informada. E, principalmente, sobre você amanhã.
Vamos juntos?
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