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A pandemia do novo coronavírus tem causado efeitos em escala global. Não apenas no âmbito geopolítico, mas também na economia, nos negócios, nas carreiras e em praticamente todos os aspectos relevantes de nossas vidas.

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Essa pandemia nos faz refletir sobre diversas questões: o quão frágil nós somos; o quanto precisamos de uma boa comunicação entre países e entidades; o quanto dados são importantes em momentos como esses. Dentre essas diversas reflexões, uma das que mais me deixou pensativo nos últimos dias tem a ver com um campo de estudo que gosto bastante: liderança.

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A pandemia provocada pela Covid-19 nos lembra que, mais do que nunca, precisamos de boas lideranças. E aqui não me refiro apenas a lideranças no espectro político e muito menos quero entrar no eterno debate de esquerda versus direita. Quero falar de lideranças no sentido mais amplo, englobando agentes em todas as esferas da sociedade - seja na política, nos negócios ou nas comunidades.

Nas últimas décadas, passamos por mudanças profundas em nosso modo de viver, o que (ainda) causa uma certa complexidade e confusão. Nem todo mundo consegue lidar com tantas mudanças e a maioria precisa de líderes capazes de guiá-los por tempos turbulentos.

Quando nos deparamos com crises como a que estamos passando, nos lembramos o quão essenciais são as grandes lideranças. É fácil que essa relevância passe despercebida nos tempos da bonança ou na correria do dia a dia; contudo, ela dobra de importância em momentos como esse.

Muitos dos líderes atuais, estejam eles em uma comunidade, em um bairro, em uma empresa ou até mesmo em um país inteiro ainda possuem aquilo que chamo de “Liderança do Século 20”. Esse paradigma era aquele seguido no século passado, quando pessoas em cargo de liderança eram praticamente gurus. Essas pessoas se viam quase que como grandes messias, figuras acima de todos os outros que deveriam guiá-las pelos caminhos tortuosos, tratando todos aqueles “abaixo” de si como pobres coitados que não podem e nem conseguem tomar boas decisões sozinhos.

Essa visão, como você pode imaginar, produziu resultados catastróficos.

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O século 21, com toda sua complexidade e conectividade, exige um novo paradigma. Em um mundo em constante mudança como o nosso, as lideranças devem ser capazes de criar caminhos e liderar seus pares (pares, jamais subordinados ou algo do tipo) pelos tempos de bonança e, sobretudo, pelos tempos de crise. Com toda a tecnologia disponível na atualidade, um século 21 sem lideranças eficazes pode se tornar desastroso em diversos aspectos. 

É preciso que os líderes, estejam eles inseridos em comunidades de moradores ou então representando países inteiros, abandonem a tal visão de “salvadores”. O século 21 não demanda essa figura.

O século 21 demanda líderes capazes de inspirar pessoas e ajudá-las a navegar em tempos de tanta complexidade. Em tempos como esses, é sempre bom lembrar que verdadeiros líderes não criam seguidores. Líderes verdadeiros criam outros líderes. Quais líderes você tem seguido? E, principalmente, quantos líderes tem ajudado a criar?