Começa nesta segunda-feira (7) e segue até o próximo dia 18 de março uma simulação de transbordamento do Rio Sena, em Paris. Organizado pela Prefeitura de Policia da cidade com apoio da União Europeia, o exercício – batizado de EU Sequana – será a primeira simulação de uma enchente do rio Sena.
A simulação vai contar com 900 profissionais de resgate vindos de diferentes países da Europa. 150 policiais, 60 veículos e 4 helicópteros também participarão da simulação, de acordo com informações do jornal Le Parisien. Para tornar a simulação ainda mais real, 87 parceiros públicos e privados, como prefeituras, empresas de água, gás, eletricidade, saneamento, transportes coletivos e telecomunicações, bancos e seguradoras também participarão do exercício.
Entre as ações previstas estão a evacuação de um lar para idosos, no dia 12 de março, com auxilio de helicópteros e barcos. Será estabelecida também uma unidade de processamento de água e um posto médico. No dia 13 de março, no Champs de Mars, um grande evento público será realizado, com oficinas de prevenção e jogos que permitirão que as pessoas testem a vulnerabilidade causada por uma possível inundação. Será exibido, nesta mesma data, um video em 3D feito pelo Instituto de planejamento e desenvolvimento da região de Île -de -France (IAU), que simula a cheia do Rio e que pode ser visto no canal do Instituto no Youtube.
Inundação do século
A última grande cheia do Sena aconteceu em 1910. Paris ficou paralisada por sete semanas por conta da cheia de quase nove metros do rio. A catástrofe afetou 200 mil pessoas naquele ano e custou 1,5 bilhão de euros em valores atuais. Depois desta ocasião, os parisienses vivem sob alerta de uma nova grande inundação (a taxa de risco é de 1% ao ano) e que traria prejuízos e problemas incalculáveis para a capital francesa.
Estimativas mostram que, com uma cheia do Sena, cinco milhões de sinistros poderão ser registrados numa área de 500 quilômetros quadrados. A cheia impactaria ainda 400 mil empregos e cerca de 1,5 milhão de pessoas ficariam sem luz e 1,3 milhão sem água potável. E o prejuízo para a França poderia chegar a casa dos 30 bilhões de euros e uma queda de dois pontos no índice de crescimento do país.