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Vitry-sur-Seine, a maior galeria de arte a céu aberto da França

Vitry-sur-Seine, uma cidadezinha da região metropolitana de Paris – onde a gente chega em 10 minutos a partir da estação Bibliothèque François Mitterrand – abriga uma das maiores galerias de arte urbana a céu aberto da França. Há quem diga que trata-se da capital mundial da Street Art. Desde meados da década de 90, a administração local passou a fazer vistas grossas para os artistas que queriam manifestar sua arte pelos muros da cidade. O resultado é uma sucessão de obras incríveis que podem ser apreciadas por todo mundo.

Centenas de obras enfeitam as ruas de Vitry-sur-Seine, a maior galeria de arte urbana à céu aberto da França. (Sâmar Razzak)

Centenas de obras enfeitam as ruas de Vitry-sur-Seine, a maior galeria de arte urbana a céu aberto da França. (Sâmar Razzak)

Arte urbana para todos os gostos. (Sâmar Razzak)

Delicadeza e contrastes marcam muitas das obras expostas ao longo dos muros da cidade. (Sâmar Razzak)

 

O sucesso é tão grande que são organizados passeios para quem quer percorrer as ruas da cidade e conhecer um pouco melhor as obras que existem por ali. Mas nada impede que os mais aventureiros se desloquem sozinhos e descubram a arte pelas ruas de Vitry. Alguns sites dão a geolocalização das obras. Mas não se preocupe se você não conseguir mapear com antecedência as obras que quer ver: indo até la, fica impossível de não se deparar com diversas obras ao longo das ruas.

O grafite já virou marca registrada do local e a arte que antes era marginal, acabou sendo incorporada pelos locais. São muitos os empresários que encomendas grafitem para enfeitar suas fachadas. Há quem encomende obras para enfeitar as paredes de casa.

De marginal, a arte em Vitry passou a ser encomendada. (Sâmar Razzak)

De marginal, a arte em Vitry passou a ser encomendada. (Sâmar Razzak)

É comum que os prédios da cidade tenham obras deste tipo. (Sâmar Razzak)

 

Entre os artistas mais renomados e que fizeram com que Vitry-sur-Seine entrasse na vanguarda das cidades que aceitam e incentivam a arte urbana é Christian Guémy. Conhecido como C215, suas obras ocupam muros e mais muros de Vitry. Por convite dele, muitos artistas estrangeiros vem fazer sua arte nas ruas da cidade.

C215: um dos pioneiros da arte urbana em Vitry. (Sâmar Razzak)

C215: um dos pioneiros da arte urbana em Vitry. (Sâmar Razzak)

Entre os dias 25 de setembro e 10 de outubro, Vitry-sur-Seine sedia um festival de arte urbana com uma programação bastante variada, para promover o grafite e a street art.

Vitry-sur-Seine: uma explosão de arte urbana dos mais variados estilos. (Sâmar Razzak)

Vitry-sur-Seine: uma explosão de arte urbana dos mais variados estilos. (Sâmar Razzak)

E são muitos os artistas que estão migrando dos muros das ruas para as galerias de arte. Na Pinacoteca de Paris, até este domingo, dia 13, é possível conferir a exposição Pressionisme dedicada à street art. Pela primeira vez tenta-se dar uma nomenclatura ao movimento que, segundo a curadoria da mostra, trata-se da corrente artística de maior adesão e repercussão desde art nouveau e a art déco. Já na apresentação, a curadoria faz um alerta: “não podemos cometer o mesmo erro que os galeristas cometeram no início do século passado com os impressionistas, que passaram um bom tempo marginalizados pelo mundo das artes”. Para os curadores, o Pressionismo é uma arte de primeira grandeza, como tantas outras escolas que já existiram ao longo da historia da arte, e reconhecer a importância destes artistas é essencial.

LADY PINK (Sandra Fabara), Autoportrait, 1992, artista americana. Coleção privada, Paris. (Foto: Pierre Guillien - Studio Objectivement)

LADY PINK (Sandra Fabara), Autoportrait, 1992, artista americana. Coleção privada, Paris. (Foto: Pierre Guillien – Studio Objectivement)

Além de mostrar os nomes mais emblemáticos da street art, a exposição homenageia um dos pioneiros do movimento, o artista americano Rammellzee que, entre outras coisas, foi o inventor do Rap.

RAMMELLZEE,  Atomic Note Maestro Atmosferic, 2009, artista americano. Coleção privada Gallizia Collection. (Foto: Pierre Guillien - Studio Objectivement)

RAMMELLZEE, Atomic Note Maestro Atmosferic, 2009, artista americano. Coleção privada Gallizia Collection. (Foto: Pierre Guillien – Studio Objectivement)

Na mostra é possível conferir obras, a maioria proveniente de coleções particulares, que datam desde 1970 a 1990.  Passando pelo grafite, o tag e a arte abstrata, a mostra tenta tirar da marginalidade esta arte. Imperdível.

 

Serviço

Obras de street art el Vitry-sur-Seine

Metrô: RER C – Estação Vitry-sur-Seine

 

Exposição Pressionisme – Pinacoteca de Paris

Endereço: 28, place de la Madeleine

Metrô: Madeleine (linhas 8, 12 ou 14)

Até 13 de setembro de 2015

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