Agora eu entendo plenamente porque tantos e tantos amigos e brasileiros vão para a Austrália e não voltam ou voltam querendo ficar e falam eternamente bem desse país quase tão grande quanto o Brasil, mas infinitamente menos populoso.
Eu entendo, porém não sei se consigo explicar. Ainda não sei exatamente o que a faz tão especial, mas me encantei pelo clima, pela atmosfera dos poucos lugares que fomos, pela educação do povo, pela limpeza das ruas, pela mistura de perfeição americana e arquitetura inglesa, pela beleza de Sydney e suas lindas e agradáveis praias. A Austrália foi colônia inglesa indiscutivelmente, basta reparar no estilo das construções, na mão inglesa e nas moedas que tem o rosto da Rainha Elizabeth.
O que encanta talvez seja um conjunto de coisas como: depois de mais de 4 meses na Ásia, chegar na Austrália é um alívio, quase que como se estivesse chegando em casa. Será que me entendem? O Brasil está longe de ser a Austrália, mas culturalmente falando mais próximo do que imaginamos se compararmos com a Ásia. Sydney é uma cidade costeira, portuária, cheia de praias, um waterfront lindo, a Ópera House que fala por si só, ou seja, aquele clima que só uma cidade banhada pelo mar tem. Além de todos os encantos, fomos recebidos de braços abertos na casa do Alex e Fábio, dois brasileiros paulistas super fofos que são amigos da Ritinha que nos apresentou pela internet e hoje são nossos mega master novos queridos amigos. Chegamos para ficar um dia e acabamos mudando a passagem e ficamos quatro (aposto que eles tinham medo que a gente fosse ficando, ficando… e deu vontade viu!)
Já aviso que uma das cosias nada agradáveis lá é que é tudo caríssimo! Tipo preços nas alturas para nós brazucas de férias. Claro que para quem vive e trabalha lá é normal, se trabalha e se ganha bem. Economia forte. Para vocês terem uma ideia um dólar australiano vale mais ou menos 2 reais, mas para respirar você já sai pagando e caro, uma passagem de trem vale 3,60 AUD, sair do aeroporto e pegar o trem para o centro da cidade vale 16 AUD por pessoa, uma água 4 AUD, um almoço básico 25 AUD e um simples hostel em Sydney em torno de 40 AUD por pessoa. O aluguel lá é por semana e um apartamento de dois quartos sai 600 AUD (p/semana). Mãos ao alto! Por isso nossos dias na Austrália foram sendo reduzidos à medida que a nossa viagem foi acontecendo, infelizmente.
Sydney para ser perder na vida
Aterrissamos no meio da tarde em Sydney, pois nosso voo em Cingapura atrasou e ficamos mais de três horas parados na pista porque o avião precisava de reparos de última hora. Chegamos, pagamos a fortuna da passagem de trem (custou “mudar o chip” da realidade de preços da Ásia para a Oceania) e fomos para o centro da cidade esperar o Alex sair do trabalho e nos buscar. Fomos relaxar nos barzinhos ao redor do principal cartão postal do país, a Sydney Opera House. A recepção não podia ter sido melhor.
Sydney tem quatro milhões e meio de habitantes, mas parece ter no máximo um. É espalhada, o trânsito bem tranquilo, os carros não parecem dominar a cidade é impossível estacionar no centro. As praias estão a 30 minutos de ferry ou ônibus, como Bondi Beach, famosa pelos campeonatos mundiais de surf e Manly Beach, reduto dos brasileiros e um charme de lugar. Para ir a Manly passar o dia é bem fácil, só pegar um ferry que sai várias vezes durante o dia ou ônibus mesmo. De Circular Quay partem muitos ferrys com diversos destinos, além de ser uma estação de metrô e ponto de parada de muitos ônibus. Chegamos pela manhã, despretensiosos e fui à farmácia comprar uns florais de Busch (famosos e originários daqui) e conversando em inglês com uma moça ela me pergunta em português: Você é brasileira? Por que será? Hahah Ela está morando ali faz tempo (como muitoooos brasileiros) e nos indicou o Brazuca um restaurante fantástico para nós que estamos longe da comidinha de casa. Comi arroz, feijão, picanha e brigadeiro!!!! Nem podia acreditar. Mais feliz que pinto no lixo!
O bom de Sydney é que as principais atrações estão no centro da cidade, pertinho, fácil de caminhar de um lugar ao outro. Em três dias dá para fazer muita coisa, mas reserve mais uns dois para curtir as praias. Vou descrever abaixo algumas atrações da cidade, fica mais fácil assim.
• Sydney Harbour Bridge que liga o centro ao norte de Sydney é também cartão postal da cidade e pode ser escalada a uma altura de 134 metros. Existem três diferentes tipos, dois deles demoram 3h30 e outro em torno de 2 horas. O preço é salgado, 200 dólares australianos. Não fizemos porque era caro. Cruzamos de ônibus para o outro lado e voltamos a pé para o centro da cidade. É possível subir em uma das torres chamada de Pylon Lookout
• Sydney Opera House – ícone da cidade, um tour pela Ópera é imperdível. De forma única, seu desenho, feito pelo arquiteto dinamarquês Jorn Utzon foi escolhido em um concurso mundial em 1956. De tão arrojado projeto, a obra passou por diversos problemas de execução e enquanto construíam tentavam descobrir como fariam a cobertura que tem forma de “pedaços de laranja”. Foi construída entre 1959 e 1973 com um orçamento inicial de 7 milhões e que ficou em 102 milhões de dólares. Era para ter sido construída em 3 anos e demorou 16. Por problemas internos e discussões políticas o arquiteto deixou a Austrália e nunca mais voltou para ver sua obra prima finalizada. Eu fiz o tour que dura cerca de 1h e vale a pena. Ainda pegamos no teatro central a passagem de som do Glenn Frey, vocalista do Eagles que faria show à noite junto com a Orquestra Sinfônica.
• Royal Botanic Gardens – pertinho da Ópera está o Jardim Botânico que tem uma vista incrível da Ópera e da Harbour Bridge, além de ser um ótimo lugar para uma caminhada e um descanso.
• Taronga Zoo – esse zoo é o maior da cidade e o mais famoso. Fica ao norte de Sydney e tem mais de 3000 animais entre Koalas, cangurus, pandas vermelhos, dragões de komodo.
• Darling Harbour – região portuária reformada e hoje point de shopping, danceterias, bares e restaurantes, centro de eventos, cinemas. Vale a caminhada à noite.
• The Rocks – é o bairro onde Sydney começou, onde os Europeus de instalar em 1788, ao redor de Harbour Bridge e a Ópera House. É patrimônio histórico da cidade.
Tours a pé são oferecidos, mas da para fazer por conta.
• Queen Victoria Building – construção de 1898 que hoje é uma galeria como grandes marcas e bons cafés. Vale a passada!
• Sydney Tower Eye – torre de 268 m de altura com vista de 360o da cidade. Aquela que toda grande cidade tem e a vista sempre vale a pena.
Marcados de rua – Sydney tem muitos mercados e para comprar frutas e verduras além de souvenires com bons preços são a melhor opção. Fomos no Paddy’s Market mas gostaríamos de ter ido no The Rocks Markets que funciona somente sábado e domingo.
• Sydney Tourist Bus – ônibus turístico que eu adoro que percorre os principais pontos turísticos da cidade incluindo Bondi Beach, mas claro que é pago. Tem uma linha verde (555) que faz uma parte central da cidade que é gratuito.
• Cruzeiros – como Sydney é uma cidade portuária, logicamente o turismo na costa é bem explorado com diversos tipos de passeios, incluindo whalewatching (de maio a outubro) e hop on hop off entre outros.
• Blue Mountains – montanhas listadas como patrimônio da humanidade a noroeste de Sydney, a 120 km de Sydney.
Fizemos muita coisa em pouco tempo, como sempre, mas pegamos dias de chuva o que nos deixou um pouco limitados e preguiçosos também. Alex e Fábio fizeram uma jantinha pra nós em casa com carne de canguru e um bom vinho australiano. Um must! Outro dia saímos todos para jantar num restaurante Japonês e conhecer o igualmente o querido Vini, também brasileiro que mora em Sydney. Estávamos praticamente em casa! A vontade era de ficar mais, mas passados os quatro dias pegamos um voo para a costa leste, Airlie Beach (vou contar no próximo post, nosso principal objetivo de ir para Austrália).
Visto
Visto é sempre uma dúvida para quem quer viajar. Faz uns dois anos que a Austrália facilitou um pouco essa questão pra nós. O pedido agora é feito pela internet. Tem que preencher um formulário longo, paga-se na hora, on line, cerca de 110 AUD (pelo que me lembro) e em alguns dias (o meu demorou uns 5 dias) recebemos um e-mail com a permissão de entrada. Não tem visto no passaporte, não precisa imprimir nada, somente mostrar o passaporte e escolher um rostinho simpático na imigração. Nossa passagem foi bem tranquila, apenas algumas perguntas do tipo onde vão ficar hoje à noite, o endereço, quantos dias e deu. Porém já ouvi casos que mesmo com a permissão chegou na hora e teve problemas. Vai saber!
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Nosso próximo destino: Airlie Beach e Whitsundays Islands
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