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Camboja, quanto mais sofrido, mais alegre
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Bayon, templo do final do século 12 com mais de 200 faces que decoram 54 torres

Estou mais que atrasada com os posts, eu sei, mas esta super complicado ter tempo para escrever. Depois que saímos da nossa rotina na Tailândia, o bicho tá pegando pra nós e temos feito horas e horas de viagem por Camboja, Vietnã, Laos, Cingapura e agora Bali. Ufa!! Deixa eu correr que atualizo logo as informações aqui.

De Phi Phi, eu e a Ju fizemos uma via sacra até Bangkok para então partirmos para o Camboja de minivan. Aconteceu que o Seba teve que voltar para Koh Tao para terminar um team teaching em três dias e nós duas ficamos mais um pouco em Phi Phi esperando que o tempo melhorasse e seguimos viagem para Siem Reap (Camboja). Para Sair de Phi Phi pegamos o ferry até Krabi; de Krabi um ônibus até Surathani e de lá outro ônibus até Bangcoc. Nessa brincadeira toda foram mais de 15 horas de estrada. Tivemos sorte porque chegamos a Bangkok cedinho da manhã depois de congelar no bus (tipo -1oC) e fomos para a Khao San Road (a rua reduto dos mochileiros) procurar informações sobre como ir para Siem Reap. Quando o santo é forte as coisas conspiram pra que tudo dê certo e deu, justinho.

Arquivo pessoal
Bayon, o mais bonito

Percorremos a rua às 7h30 da matina e tudo fechado, só apenas alguns bêbados remanescentes da noite anterior ainda se arrastavam por lá. Conseguimos achar uma “agência” de viagem aberta que nos disse que a van que sairia em alguns minutos estava lotada. Sem desistir e confiantes seguimos caminhando atrás de outra. Achamos uma que ainda podia nos levar nos próximos 10 minutos, numa minivan que custou 9 USD (cerca de 4 horas de viagem) até a fronteira com o Camboja, mais especificamente em Poipet. Sorte de mochileiro (o bus até Siem Reap também estava incluído nesse valor)!

Chegamos à fronteira e a van nos deixou num “escritório” particular que fazia os vistos ou pegava na fronteira e levava para nós. A recomendação dos guias de viagem é que não se entregue o passaporte pra ninguém antes da fronteira. Porém, confiamos na empresa que nos levou até lá e pagamos mais do que devíamos, 40 USD pelo visto, mas sem estresse. Normalmente, direto na fronteira custa 20 USD. De lá o motorista nos levou para passar a fronteira onde esperamos mais de 3 horas numa fila gigante para sair da Tailândia e mais uma hora para entrar no Camboja (achamos que fazer o visto na agência evitaria a fila – engano nosso). Ao passar para o lado cambojano o ônibus que nos levou até a estação rodoviária estava nos esperando. Próximo destino: Siem Reap e mais 5 horas de viagem! Força na peruca! A essas alturas eu e a Ju já tínhamos feito novos amigos no caminho e vínhamos de papo pra disfarçar o cansaço. Estávamos no piloto automático, mais eu que a Ju que tem uma energia que gastei nesses 9 meses de viagem e, claro, 7kg a menos na mochila! Minha mochila estava tão pesada que com o cansaço parecia ter ainda mais 5 kg que quase não conseguia carregar. Acabei contando com a ajuda do Selim, amigo suíço querido que fizemos no caminho. Salve Selim! eu e meus pés agradeceram!

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Amanhecer no Angkor Wat

Siem Reap e o Angkor
Após “apenas” 30 horas de viagem de Phi Phi ao Camboja chegamos finalmente a Siem Reap.

Com aproximadamente 900 mil habitantes, Siem Reap me surpreendeu positivamente. É pequena mas estruturada, cheia de restaurantes, lojas, galerias de arte e grandes hotéis e onde está uma das maiores riquezas da humanidade, o Angkor, um complexo arqueológico de mais de 100 templos budistas que foi a capital do Império Khmer entre os séculos 9 e 13. A partir daí, depois de ataques de povos Siameses, 1 milhão de habitantes foram obrigados a deixar o local que ficou abandonado até o século 19.

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O templo Ta Prohm coberto pela natureza

O mais famoso do complexo e que atrai milhões de turistas por ano, mas para mim não o mais bonito, é o Angkor Wat, considerado o maior edifício religioso do mundo. Independente da quantidade de dias que você pretende passar lá, os principais e mais bonitos são o Ta Prohm (as árvores cresceram em cima das ruínas e a natureza se mescla ao templo); o Bayon (o mais bonito pra mim com rostos esculpidos nas pedras); e o Peah Khan, além do Angkor Wat. Sugiro começar pelos menores e deixar o Angkor Wat para o final (se você tem mais de um dia), caso contrário o que muitos turistas fazem é madrugar para ver o amanhecer no Angkor Wat e então começar a peregrinação pelo restante. É legal estar lá ao amanhecer, mas a foto mais bonita é depois que o sol nasce, ou seja, não precisa chegar às 5h30 da madruga como nós! Fica a dica! Procure evitar finais de semana porque a multidão toma conta e pode ser mais cansativo.

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Cena comum no Camboja – crianças trabalhando para “ir à escola”

Os cambojanos colocam as crianças para comover os turistas vendendo souvenires nos templos e o pior é que elas realmente comovem, são graciosas, falantes e estão sempre sorrindo loucas pra uma conversa e para jogar “angry birds” no Iphone do povo. É impressioante a pergunta de todos “play angry birds, play angry birds”!

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Contratamos um tuk tuk que salvou nosso tour. Muito calor e cansaço!

Hoje o Angkor é a principal atração do país e se justifica, a história e as imagens são de cinema. É possível percorrer o Angkor de bicicleta, mas prepare-se para pedalar porque o lugar é grande mesmo e os templos ficam distantes um do outro além do calor que pega forte (é um imenso terreno de 1000m2 de mata e os templos estão espalhados por ela). Outra opção é alugar um tuk tuk por 15 USD o dia e ir tranquila apreciando a paisagem e sem se preocupar se o caminho está certo. O motorista sabe o caminho para todos os templos inclusive quais são os melhores e pode sugerir um roteiro.
Você fica o tempo que quiser em cada um e na saída ele está te esperando. É possível também alugar uma scooter ou ir de carro. Existem três opções de ingresso: para 1, 3 dias ou uma semana. Se você gosta de fazer com calma, ver os mínimos detalhes de cada pedra, cada imagem, três dias é suficiente. Uma semana parece exagero e um dia é para os mais práticos (20/40/60 USD). Confesso que no segundo dia eu e a Ju já estávamos achando tudo meio repetitivo e eu ainda teria mais um dia para acompanhar o Seba, que fez o principal em apenas algumas horas.

Se você não tem muito tempo para percorrer o país, Siem Reap vale a pena, é acolhedora, baratíssima (um quarto simples, duplo, 4 USD por cabeça, pratas a partir de 4 USD) e o mais encantador é a simplicidade, alegria e simpatia do povo humilde, sofrido e pobre. O país passou por guerras e uma grande chacina comunista recente que deixaram marcas profundas. Estamos cada vez mais convictos da teoria de que quanto mais sofrido o povo, mais alegre. O Camboja é um exemplo disso.

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O mais famoso, Angkor Wat, do início do século 12, foi provavelmente um templo funerário do Rei Suryavarman II
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A simpatia e sorriso com que os cambojanos nos recebem valem mais que toda riqueza histórica dos templos
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Ju rodeada de crianças jogando “angry birds”
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As faces do Bayon são representações das mais importantes divindades budistas e hinduístas
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Corredor do Angkor Wat, a grandiosidade impressiona
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Nas paredes dos templos as imagens representam o budismo ou o hinduísmo
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As estátuas espiritualizam cada passo do Angkor
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Angkor Wat por dentro – ele forma um retângulo de 1025 por 800 metros
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Inscrições nas paredes do Angkor Wat
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As ruínas interagem com a natureza e formam um cenário de cinema
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A flor de lótus é sagrada na Ásia. Pode ser encontrada em áreas alagadas e simboliza elevação e expansão espiritual
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Procurando o melhor ângulo do Angkor
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Imagens sagradas decoram as paredes dos templos dedicados às divindades – budistas e hinduístas
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Parceria nota 1000!
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Centrinho agitado de Siem Reap
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Da janela pro mundo!

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Nosso próximo destino: a capital do Camboja, Phnom Penh!

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook

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