| Foto:
CARREGANDO :)

Estou mais que atrasada com os posts, eu sei, mas esta super complicado ter tempo para escrever. Depois que saímos da nossa rotina na Tailândia, o bicho tá pegando pra nós e temos feito horas e horas de viagem por Camboja, Vietnã, Laos, Cingapura e agora Bali. Ufa!! Deixa eu correr que atualizo logo as informações aqui.

De Phi Phi, eu e a Ju fizemos uma via sacra até Bangkok para então partirmos para o Camboja de minivan. Aconteceu que o Seba teve que voltar para Koh Tao para terminar um team teaching em três dias e nós duas ficamos mais um pouco em Phi Phi esperando que o tempo melhorasse e seguimos viagem para Siem Reap (Camboja). Para Sair de Phi Phi pegamos o ferry até Krabi; de Krabi um ônibus até Surathani e de lá outro ônibus até Bangcoc. Nessa brincadeira toda foram mais de 15 horas de estrada. Tivemos sorte porque chegamos a Bangkok cedinho da manhã depois de congelar no bus (tipo -1oC) e fomos para a Khao San Road (a rua reduto dos mochileiros) procurar informações sobre como ir para Siem Reap. Quando o santo é forte as coisas conspiram pra que tudo dê certo e deu, justinho.

Publicidade

Percorremos a rua às 7h30 da matina e tudo fechado, só apenas alguns bêbados remanescentes da noite anterior ainda se arrastavam por lá. Conseguimos achar uma “agência” de viagem aberta que nos disse que a van que sairia em alguns minutos estava lotada. Sem desistir e confiantes seguimos caminhando atrás de outra. Achamos uma que ainda podia nos levar nos próximos 10 minutos, numa minivan que custou 9 USD (cerca de 4 horas de viagem) até a fronteira com o Camboja, mais especificamente em Poipet. Sorte de mochileiro (o bus até Siem Reap também estava incluído nesse valor)!

Chegamos à fronteira e a van nos deixou num “escritório” particular que fazia os vistos ou pegava na fronteira e levava para nós. A recomendação dos guias de viagem é que não se entregue o passaporte pra ninguém antes da fronteira. Porém, confiamos na empresa que nos levou até lá e pagamos mais do que devíamos, 40 USD pelo visto, mas sem estresse. Normalmente, direto na fronteira custa 20 USD. De lá o motorista nos levou para passar a fronteira onde esperamos mais de 3 horas numa fila gigante para sair da Tailândia e mais uma hora para entrar no Camboja (achamos que fazer o visto na agência evitaria a fila – engano nosso). Ao passar para o lado cambojano o ônibus que nos levou até a estação rodoviária estava nos esperando. Próximo destino: Siem Reap e mais 5 horas de viagem! Força na peruca! A essas alturas eu e a Ju já tínhamos feito novos amigos no caminho e vínhamos de papo pra disfarçar o cansaço. Estávamos no piloto automático, mais eu que a Ju que tem uma energia que gastei nesses 9 meses de viagem e, claro, 7kg a menos na mochila! Minha mochila estava tão pesada que com o cansaço parecia ter ainda mais 5 kg que quase não conseguia carregar. Acabei contando com a ajuda do Selim, amigo suíço querido que fizemos no caminho. Salve Selim! eu e meus pés agradeceram!

Siem Reap e o Angkor
Após “apenas” 30 horas de viagem de Phi Phi ao Camboja chegamos finalmente a Siem Reap.

Publicidade

Com aproximadamente 900 mil habitantes, Siem Reap me surpreendeu positivamente. É pequena mas estruturada, cheia de restaurantes, lojas, galerias de arte e grandes hotéis e onde está uma das maiores riquezas da humanidade, o Angkor, um complexo arqueológico de mais de 100 templos budistas que foi a capital do Império Khmer entre os séculos 9 e 13. A partir daí, depois de ataques de povos Siameses, 1 milhão de habitantes foram obrigados a deixar o local que ficou abandonado até o século 19.

O mais famoso do complexo e que atrai milhões de turistas por ano, mas para mim não o mais bonito, é o Angkor Wat, considerado o maior edifício religioso do mundo. Independente da quantidade de dias que você pretende passar lá, os principais e mais bonitos são o Ta Prohm (as árvores cresceram em cima das ruínas e a natureza se mescla ao templo); o Bayon (o mais bonito pra mim com rostos esculpidos nas pedras); e o Peah Khan, além do Angkor Wat. Sugiro começar pelos menores e deixar o Angkor Wat para o final (se você tem mais de um dia), caso contrário o que muitos turistas fazem é madrugar para ver o amanhecer no Angkor Wat e então começar a peregrinação pelo restante. É legal estar lá ao amanhecer, mas a foto mais bonita é depois que o sol nasce, ou seja, não precisa chegar às 5h30 da madruga como nós! Fica a dica! Procure evitar finais de semana porque a multidão toma conta e pode ser mais cansativo.

Os cambojanos colocam as crianças para comover os turistas vendendo souvenires nos templos e o pior é que elas realmente comovem, são graciosas, falantes e estão sempre sorrindo loucas pra uma conversa e para jogar “angry birds” no Iphone do povo. É impressioante a pergunta de todos “play angry birds, play angry birds”!

Publicidade

Hoje o Angkor é a principal atração do país e se justifica, a história e as imagens são de cinema. É possível percorrer o Angkor de bicicleta, mas prepare-se para pedalar porque o lugar é grande mesmo e os templos ficam distantes um do outro além do calor que pega forte (é um imenso terreno de 1000m2 de mata e os templos estão espalhados por ela). Outra opção é alugar um tuk tuk por 15 USD o dia e ir tranquila apreciando a paisagem e sem se preocupar se o caminho está certo. O motorista sabe o caminho para todos os templos inclusive quais são os melhores e pode sugerir um roteiro.
Você fica o tempo que quiser em cada um e na saída ele está te esperando. É possível também alugar uma scooter ou ir de carro. Existem três opções de ingresso: para 1, 3 dias ou uma semana. Se você gosta de fazer com calma, ver os mínimos detalhes de cada pedra, cada imagem, três dias é suficiente. Uma semana parece exagero e um dia é para os mais práticos (20/40/60 USD). Confesso que no segundo dia eu e a Ju já estávamos achando tudo meio repetitivo e eu ainda teria mais um dia para acompanhar o Seba, que fez o principal em apenas algumas horas.

Se você não tem muito tempo para percorrer o país, Siem Reap vale a pena, é acolhedora, baratíssima (um quarto simples, duplo, 4 USD por cabeça, pratas a partir de 4 USD) e o mais encantador é a simplicidade, alegria e simpatia do povo humilde, sofrido e pobre. O país passou por guerras e uma grande chacina comunista recente que deixaram marcas profundas. Estamos cada vez mais convictos da teoria de que quanto mais sofrido o povo, mais alegre. O Camboja é um exemplo disso.

Publicidade
Publicidade
Publicidade

********************
Nosso próximo destino: a capital do Camboja, Phnom Penh!

Publicidade

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook