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Estava ansiosa para conhecer a Inglaterra, especialmente Londres. Saímos de Barcelona e pegamos um desses voos baratos da Ryanair que, se puder, nunca mais pego. Os caras são xiitas, loucos para achar alguma brecha para te cobrar o ar que respira, te tratam como nada, sem contar que o voo parecia uma colônia de férias infantil onde os vendedores ambulantes (aeromoças) tentavam te vender tudo. Fazer dinheiro a qualquer custo é o lema! Viajar barato tem seu preço e as vezes nem vale a pena porque a diferença pode não ser tão grande assim. Se eu puder recomendar, a EasyJet é barata e bem melhor.

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Nosso tempo na Inglaterra foi de 8 dias incríveis e agitados! Ficamos hospedados na casa do Seba e da Carla, amigos do Seba do Uruguai que estão morando em Cambridge por alguns meses. Conseguimos conciliar nossa ida com o final dos Jogos Olímpicos e ainda por sorte e doença minha por futebol, compramos antecipadamente ingresso para assistir à semifinal do futebol masculino em Manchester sem ao menos saber que times chegariam lá. Não é que deu Brasil e Coreia? Tivemos a divertida e super agradável companhia do Carlos, pai da Carla e Branca que estavam de passagem por lá, alugamos um carro (quase um caminhão) e fomos ver o Brasil ganhar e vivenciar pela primeira vez uma Olimpíada que eu tanto queria.

Tudo perfeito, uma organização espetacular, voluntários por toda parte oferecendo ajuda, transporte público impecável e de graça para quem possuía ingresso; e ingleses, japoneses e muitas outras nacionalidades que não entendiam uma palavra sequer de português vestiam a camisa do Brasil com orgulho. Bom demais ser brasileira.

No dia seguinte, aproveitamos para passear por Manchester rapidamente, que como todos já haviam me alertado, não tem muita cosia e não é tão bonita, uma cidade industrial, porém com o charme inglês; e em seguida esticamos para Liverpool conhecer a cidade dos Beatles. Havia lido algumas coisas e ouvido comentários que Liverpool como Manchester não teria nada interessante para ver ou fazer. Engano. Para quem cresceu ouvindo Beatles por causa de uma mãe beatlemaníaca e quer ver de perto onde tudo começou, vale a pena. A cidade é pequena, cheia de atrações, tem um waterfront que foi recentemente revitalizado e muito bonito.

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Para quem curte Beatles então, a cidade está repleta de opções como o museu The Beatles Story, um ônibus chamado Magical Mystery Tour que te leva para conhecer locais da cidade que fazem parte da história deles e que inspiraram músicas como Penny Lane e Strawberry Field, a casa onde moraram quando crianças e o legendário Cavern Club, localizado na rua tão famosa quanto, a Mathew Street.

Os colleges e campos de Cambridge
Em Cambridge, nosso “quartel general”, passamos dias indescritíveis com nossos amigos, Seba e Carla e ainda ganhamos de presente uma nova amizade fofa e calorosa da Maggie, uma brasileira, carioca sagitariana incrível que mora na Inglaterra há muitos anos, tem uma família linda e um Bed and Breakfest excepcional chamado The Artist House. Quem for à Londres não pode deixar de pegar um trem e em uma hora de viagem passar um dia pelo menos em Cambridge.

A cidade é um centro universitário concorridíssimo com muitos colleges afamados (residências estudantis) e universidades de mais de 800 anos além de uma vida cultural agitada. Aproveite os inúmeros pub ingleses, passeie pelos parques e gramados incrivelmente verdes que pedem um picnic, repare na arquitetura e jardins coloridos impecáveis dos colleges e ainda se aventure a fazer o punting, um barquinho de maderia à remo que percorre o canal que cruza a cidade.

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Pelo sangue azul imperial de Londres
Big Ben, ônibus de dois andares, cabine telefônica vermelha clássica, Palácio de Buckingham, Tâmisa, Hyde Park, London Eye… Tudo isso já era motivo para conhecer Londres, e com as Olímpiadas fazendo a corte da Rainha Elizabeth ferver ainda mais, foi impossível não amá-la. Tá certo que de vez em quando dava uma certa preguiça enfrentar a multidão que tomou conta das ruas durante os jogos, mas a cidade que já é linda por natureza, ficou ainda mais bonita com o espírito olímpico pairando pelo ar. Essa foi minha oportunidade de curtir ao vivo, mesmo que sem conseguir ir a outras partidas porque não existiam mais ingressos. Só por caminhar nas ruas, andar no metrô, nos parques, já valeu a pena. Sem contar que fomos para o Hyde Park (um dos inúmeros existentes) assistir no telão o Brasil perder para o México a final do futebol masculino. Tudo bem, tudo era festa!

Deixando as Olimpíadas de lado, a capital do Reino Unido oferece de tudo aos visitantes além de uma ótima rede de transporte público que chega a te deixar vesga de tantas linhas de trens, metrô e ônibus. Não importa onde você esteja, sempre tem alguma parada por perto.
Como estávamos instalados em Cambridge, dividimos nossos dias entre as duas cidades e foi impossível conhecer tudo, claro. Costumo dizer e me consolar que de certa forma é bom quando isso acontece porque assim temos mais motivos para voltar.

Não conseguimos entrar na igreja palco de cerimônias históricas, a Abadia de Westminster, nem vimos a cerimônia da troca da guarda da rainha e tão pouco conseguimos visitar algumas das salas da residência da Rainha, o Palácio de Buckingham (é preciso comprar com alguns dias da antecedência). Se mesmo deixando de ver alguns locais tradicionais da cidade eu adorei sentir o sangue azul imperial que corre em Londres, imagina se tivesse visto?

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Imperdíveis
Mesmo deixando algumas coisas pelo caminho, circulamos bastante pela cidade.

Notting Hill é imperdível. Aos sábados, o bairro eternizado no gostoso e divertido filme “Um lugar chamado Notting Hill” abriga uma feira de antiguidades muito gostosa, mas cheia. Vá cedo.

A Picaddilly Circus, uma das praças mais famosas da capital deixou a desejar, mas vale conferir.

A monstruosa loja de departamentos Harrod’s encanta mesmo quem não tem a intenção de comprar.

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Mesmo não podendo subir, o Big Bem faz parte do cartao postal de Londres e merece ser apreciado, principalmente do Tâmisa ou do London Eye.

Um passeio que recomendamos é comprar pela internet o ingresso para o London Eye e junto um passeio de barco pelo Tâmisa. De cima da roda gigante você terá uma vista de tirar o fôlego do Parlamento, centro da vida política inglesa, do Big Bem, do Tâmisa, enfim, da cidade inteira.

Ao se tratar de museus, a maioria são gratuitos e existem muitos (Victoria and Albert, Science Museum, British, Imperial War, National Gallery, Tate Modern), mas o único que fomos foi o de História Natural e que adoramos. Um ótimo lugar para ir com as crianças também.

Uma atração a parte é atravessar a Abbey Road e tirar aquela foto clássica como a que os Beatles fizeram ali em frente a sua gravadora. O engraçado é ver a quantidade de turistas cruzando a rua centena de vezes para fazer a foto parando o trânsito. Como uma fã dos Beatles por tabela fui conhecer a rua e tirar a foto. Claro que levei a turma junto!

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Alternativo
Além de caminhar no centro da cidade, na famosa Oxford e Regent Street entre outras, não deixe de visitar o Camden Town um bairro excêntrico com mercados alternativos como o Camden Lock Market e o Camden Market. A região está tomada de artistas, músicos, pintores, colecionadores, rastafáris e artesãos. Foi ali que Amy Winehouse nasceu e foi criada e costumava frequentar os pubs dali.

Ao entardecer, vale conhecer a Tower Bridge, um dos monumentos mais conhecidos de Londres que permite cruzar o rio de um lado a outro, e a Torre de Londres, uma fortaleza-castelo onde estão as joias da Coroa, foi residência real e uma prisão estatal sinistra onde muitos célebres perderam a cabeça.

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Nosso próximo destino: Paris ou Amsterdã!

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook