Depois da indicação de alguns amigos, fizemos as mochilas e fomos para Gili Air em busca do paraíso que estávamos buscando em Bali e que não havíamos encontrado. Gili Air faz parte da Ilha de Lombok, também na indonésia e tem mais duas irmãs chamadas Gili Trawangan e Gili Meno. São verdadeiras gotas no mar de Lombok, de tão pequenas. De Padangbai até as Gilis o ferry custa 25USD por pessoa e demora cerca de 1h30 minutos. Escolhemos pela Gili Air porque não é agitada e turística como Trawangan (chamada de Party Island) e não tão tranquila como Gili Meno. Ali tem um pouquinho das duas, na media certa. Lembram-se do livro Comer Rezar e Amar? Pois é na Gili Meno que a autora se refugia por algum tempo e descreve muito bem como é.
Gili Air é um paraíso na terra. Temos viajado muito e passado por muitas praias, principalmente agora nos últimos 4 meses e até agora não tinha visto nenhuma igual. Não sei nem se consigo passar pra vocês o que realmente é, o que senti quando pegamos a bicicleta logo que chegamos para dar a volta na ilha. Minha boca abriu e o queixo caiu. Apenas uma frase saiu: “meus Deus, o que é isso?” Era assim, um mar azul turquesa, turquesa mesmo, água cristalina, sem onda alguma, uma areia fina e branquinha e ninguém ao redor… apenas uns sofás e pufs do bar que ficava do outro lado da estradinha de terra. Acho que nem em sonho deu para imaginar lugar tão lindo. Dava para duvidar se algo tão lindo poderia mesmo existir. Mas existe!
Chegamos para ficar três noites e ficamos seis. O seba a toda hora repetia “como eu gosto daqui”, “que ilha gostosa”. Não existem carros ou motos, apenas charretes chamadas de Cidomo e bikes. Afinal de contas ela tem menos de 5km2 e dá para percorrer a circunferência total em apenas uma hora. Uma paz e tranquilidade infinitas! Num passado não muito distante a luz elétrica tinha hora para terminar, caixas automáticos só em sonho e as opções para dormir eram pouquíssimas. Hoje o panorama é outro, um pouco mais desenvolvido.
Dormir aqui pode ser barato, com apenas 15 USD a noite é possível alugar um bangalô na frente da praia, simples, porque aqui não precisa muito mais que um chuveiro de água fria e uma cama. Um ventilador vai bem e um ar então, é sonho. Nós ficamos no meio da ilha, num homestay chamado “aZa Zil Bungalows” com apenas três casinhas construídas pelo dono Azam, um cara fantástico e muito querido na ilha. Era tipo uma fazendinha rodeada de palmeiras e vacas e na diária tinha a bicicleta incluída. Não nos faltava mais nada! Nossa rotina era horrível, cansativa e estressante: acordar, pedalar até o “Chill Out” na frente do mar, tomar um café gostoso e depois relaxar nas cadeiras de praia em frente. Tomar um banho de mar, fazer snorkell, nadar com as tartarugas e mergulhar, claro! Ali tive uma das experiências mais lindas até agora, nadar com duas tartarugas enormes por mais de 10 minutos. Pude ficar observando e nadando com elas um tempão e lógico que fazendo muitas fotos e vídeos. Fantástico! O melhor de tudo, ali nas Gilis não é preciso mergulhar para ver peixes, corais e tartarugas. Está tudo ali, ao alcance dos olhos e dos pulmões!
O “Chill Out” também tem bangalôs e parecem ser bons e pertinho do mar. Como o paraíso é perfeito, sempre, apesar da ilha ser pequena, “roots”, tem até a opção para quem quer fazer um retiro, aulas de yoga. Fiquei louca de vontade de voltar para me hospedar e fazer uma imersão espiritual. Conhecemos um casal que estava fazendo o retiro e não podiam falar por 24h. Tentamos de brincadeira e foi impossível! Não estávamos engajados na causa, mas me pareceu uma experiência bem bacana. Ainda vou fazer isso!
Já pra quem gosta de uma festinha mais íntima, sem muita gente (a ilha pode ter mais turistas que moradores em determinadas épocas do ano) tem até um Reggae Bar chamado “Legend” com boa música, comida e bebida, de frente para o mar e de quebra, uma placa divertida anunciava: “nós temos cogumelos mágicos”! Drogas são estritamente proibidas e severamente punidas na Indonésia, mas segundo os locais ali não chega polícia.
Vou parar de falar que por mais que eu tente descrever, o melhor é colocar as fotos para vocês mesmos tirarem suas próprias conclusões! Ah! E não uso fotoshop!
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Nosso próximo destino: Lombok, Indonésia
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