O que dizer de Los Angeles? Gostei. Ainda mais quando dou cara para aquelas coisas que fazem parte do imaginário, que crescem com a gente de alguma forma, mas que parecem distantes da realidade. Los Angeles, Hollywood, Beverly Hills, Santa Mônica… quem não cresceu vendo as placas em cima da montanha anunciando HOLLYWOOD e vendo suas bilionárias mega produções cinematográficas? Na minha infância e adolescência cresci apaixonada pelo Tom Cruise, vendo Turma da Pesada (desenho que passava na Xuxa e acontecia em Beverly Hills) e aquele seriado Beverly Hills 90210 que também se passava entre jovens dali. Atire a primeira pedra quem nunca teve ou tem um ídolo pop star de Hollywood e viu as fofocas hollywoodianas na Tv e nos jornais e melhor ainda… Oscar! É aqui que mora a cobiçada estatueta dourada! Faz parte da gente, não tem jeito e eu gostei sim de ter visto de perto, o cenário de toda minha imaginação.
Na verdade a impressão que tive aqui foi de superficialidade. Todo luxo e glamour que gira em torno da fama, do cinema, da televisão têm por trás muito dinheiro, poder e drogas. E tudo isso é muito superficial, frágil. Los Angeles é tudo junto misturado. A gente já sabia, nada disso é novidade, mas estar é poder tirar a prova. Mesmo com tudo isso, ainda sim foi diferente. Gostei. Nada mais.
Não sei se consegui captar a essência do lugar, como temos feito com sucesso na maioria dos locais, no entanto desconfio que a essência seja essa mesma, tudo misturado, diversas Los Angeles numa só.
Nuestra Senhora La Reina de Los Angeles. Assim foi batizada por índios e padres espanhóis em 1781 a cidade conhecida como a capital americana do entretenimento. Tem de tudo, pra tudo e todos os gostos. É a cidade do exagero onde vivem 8,5 milhões de pessoas.
De cara pegamos um tour muito vendido no fervo de Hollywood para vermos a casa dos artistas em Beverly Hills, passar pela fora de moda, mas muito elegante Rodeo Drive, conhecer a nova Meca das compras das estrelas de Hollywood chamada Robertson Blvd e circular pelos locais mais “badalados e históricos”. Em Los Angeles, cada bar caído um dia abrigou alguma história de algum pop star. Cada esquina aqui tem muito pra contar! E foi isso que aconteceu nesse tour de duas horas de curiosidades e futilidades em volta do mundo de Hollywoodiano. Uma revista de fofocas americana ao vivo! Depois seguimos caminhando até o Chinese Theater, pela calçada da fama passando pelo Dolby Theater onde acontece o Oscar. Não sei, mas eu imaginava diferente. Na televisão a imaginação da gente voa. É legal ver de perto e desmistificar Hollywood. Não é tuuudo aquilo não. A própria calçada da fama é simples, uma rua normal movimentada e cheia de estrelas no chão.
Reservamos um dia inteiro para voltar a ser criança na Univeral Studios. Uma das melhores coisas de Los Angeles. Eu já tinha ido na Flórida, há muitos anos e nem lembrava mais, era uma criança. O Seba nunca tinha ido e nos divertimos feito gente pequena!! Foi muito divertido e recomendo mesmo para quem não tem filhos. Outras opções para visitar estúdios de cinema é a Paramount ou a Warner Bros Studios
Para quem quer ir além, a Disneyland fica ali perto, em Anaheim. Gostaria de ter ido de novo (já fui duas vezes quando era criança), mas o Seba não se animou e pensei “ok, levo as crianças quando elas vierem!” (rs).
Tentei a todo custo assistir o American Idol ao vivo nos estúdios da CBS que estava acontecendo na época, me inscrevi no site para tentar entrar gratuitamente como tem que ser (um sorteio via web) e quase consegui. Quando recebi o e-mail que eu poderia ir até a TV o quanto antes, já era tarde. Estava lotado. Fiquei com vontade depois que descobri que uma das finalistas é amiga de uma amiga que mora em Boston, a Angie Mueller. Não deu certo, mas fiquei acompanhando até o final.
Para comer bem
Um lugar bacana de ir e passear é no tradicional Farmers Market fundado em 1934 na época em que os fazendeiros abriam os caminhões na rua para vender frutas frescas. O local fica ao lado do shopping The Grove e tem muitas opções de comidinhas além da churrascaria brasileira com uma carne espetacular chamada Pampas Grill. É sistema buffet com preço bom e carne de primeira. Matamos a saudade! Outra opção de restaurante brasileiro é o Samba, na Universal City. Lá é rodízio e me pareceu muito boa opção também.
Hotel e transporte
Chegamos sem muita noção de quantos dias precisaria, mas reservamos 6 noites e não precisa tanto. Ficamos num hostel espelunca dividindo quarto com mais duas pessoas na região de Central LA, bem localizado e com preço razoável já que tudo aqui é caro. Não alugamos carro nos primeiros dias e nos locomovemos de metrô e bus. O transporte público não é dos melhores e somando com o trânsito, não sobra muita coisa, mas dá pra se virar bem se reservar um bom tempo para a locomoção. Os estacionamentos são caríssimos. A dica é comprar um cartão que pode ser recarregado todo dia e que se paga 5 USD por dia com free pass. Compramos direto com o motorista do ônibus.
Venice Beach e Santa Mônica
Pegamos um bus para Santa Mônica. Demoramos horas pra chegar, mas vale a pena. Na verdade chegamos em Venice Beach , que fica ao lado e fomos caminhando pelo calçadão mais eclético e maluco dos últimos tempos.
Venice é uma praia hippie, eclética, alternativa e lá encontramos com os, no mínimo hilários, “Green Doctors”, médicos que ficam em umas portinhas pintadas de verde perguntando se você sofre de dor de cabeça, insônia, ansiedade e depressão para consultar por 40 USD e receber uma receita que te autoriza comprar maconha e usar com fins “medicinais”! Juro!
Santa Mônica é um charme, principalmente pelo seu píer centenário onde fica o final da Route 66, com lojinhas, restaurantes e um parque de diversões. Aposto que você conhece o píer de ver nos filmes e não sabe. Vale caminhar pelo centro e fazer umas comprinhas na rua de pedestres, a 3th Street.
Para quem é sedento por compras (brasileiro é super consumista e ama os outlets americanos que são realmente sensacionais e não tem país que bata o preço daqui – tirando a China, mas a gente nunca sabe se o produto não é falsificado de tão barato) aqui vão dois outlets da região:Premium Outlets e Citadel Outlets
Ia esquecendo… Se seu inglês não é muito bom, não se preocupe. O espanhol é quase a primeira língua aqui. A quantidade de mexicanos e latinos é impressionante. O que chamou a atenção também foi a quantidade de mendigos nas ruas. Depois da crise, o número aumentou. Em uma rua perto do centro eles fizeram tipo um acampamento sem terra e os americanos não parecem estar muito preocupados com eles.
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Nosso próximo destino: San Diego!
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