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Pelo sul da Nova Zelândia I

Arquivo pessoal
Nossa viagem pela NZ recém começou e com essa paisagem na descida para Akaroa

Saímos de Auckland de avião até Christchurch porque resolvemos fazer o inverso que muita gente faz, começar pelo sul e depois fazer o norte e chegar à Auckland de novo. Alugamos uma Wicked Camper, que nada mais é que um furgão preparado para ser nossa casa, quase que um motorhome, mas somente com um protótipo de cozinha e cama montável, sem banheiro e chuveiro. Aqui é muito comum viajar acampando e com essas vans (vou colocar no final do post alguns links de empresas que alugam esse tipo de carro). Estou quase que realizando um sonho, quase porque sempre quis viajar como caracol, com a casa nas costas, mas nesses graaandes. Como são muito caros apenas para nós dois, a van está de bom tamanho para uma primeira experiência.

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Nossa casa aqui na NZ, The Goon! A cama é montada atrás e a pequena cozinha no porta malas. As mochilas ficam em baixo da cama.

Vai ser mais um desafio, viajar mais de 20 dias dormindo no carro, mesmo que numa cama montada, e rodando, rodando, rodando. Pegamos a Van, chamada de “The Goon”, (história de gibi americana que está indo para o cinema) e já fomos fazer compras, vamos poder cozinhar! Nos equipamos e ao invés de procurar hostel fomos atrás de campings que aqui são chamados de Holiday Parks (a maioria possui quartos também).

Como os hotéis existem redes grandes por toda Nova Zelândia e nós vamos experimentando. Achávamos que poderíamos parar e dormir na estrada mesmo, mas fazer free camping não é permitido em qualquer lugar, para nosso tipo de carro que não tem banheiro. A multa é alta – 200 doletas.

Ficamos em Christchurch uma noite no Kiwi Holiday Park e foi muito bom. O frio tava pegando, mas o local estava bem equipado com uma ótima cozinha, banheiros mais limpos que da minha casa, banho quentinho e lavandeira, agora dentro do Goon, o frio que passava pela janela avisava o que vinha pela frente!

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Christchurch – O rio Avon corta a cidade e ali pode-se fazer um passeio romântico de putting, barco de maderia a remo

Christchurch, a cidade jardim
No dia seguinte voltamos para a sede da Wicked para pegar mais cobertas (eles têm colchões, travesseiros e cobertas limpinhas para quem não tem) e saímos para então conhecer a “cidade jardim” de 400 mil habitantes que foi devastada por um forte terremoto em fevereiro de 2011 e antes disso em 2010 também.

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Christchurch tem sofrido com fortes terremotos nos últimos anos e o mais recente foi em fevereiro de 2011 considerado o mais letal desastre natural no país em 80 anos

A cidade é considerada a mais inglesa da Nova Zelândia (a NZ foi colônia inglesa), é a segunda maior, mas infelizmente está ainda bastante destruída. Caminhamos pelo centro, pela zona vermelha, uma érea cercada de grades, sem acesso ao público em que estão diversos prédios comerciais, teatros, cinemas, shoppings, igrejas, mercados em ruínas e que estão sendo reconstruídos. Obras, tapumes e destroços estão por todos os lados. É impressionante, nunca tinha visto nada igual. Segundo Margaret nos contou (a mãe de um amigo Neozolandes) muitos moradores ainda estão tendo problemas com as companhias de seguros para terem suas casas reconstruídas.

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Criatividade para reativar o centro comercial da cidade com lojas e restaurantes intalados em containers

No entanto, o governo encontrou uma solução interessante na área central devastada, reconstruiram uma parte, porém ao invés de levantar paredes para instalar lojas e restaurantes, colocaram containers coloridos onde o comércio funciona. Ficou muito criativo e em harmonia com a cidade que, tirando a destruição, é lindinha, charmosa, tranquila, muitas casas, os prédios que restaram são baixinhos, muitos jardins floridos, parques e um rio que corta a cidade chamado Avon. Ali é possível fazer o “puting”, um passeio de gôndola. Um charme,romântico ao extremo, mas carinho: meia hora por 25 dólares neozelandeses. Aliás, prepare-se, aqui, qualquer passeio ou entrada de parque turístico custa 25, 30 ou 40 dólares.

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O frio pegou na simulação de tempestade na Antártica, no Antartic Centre, em Christchurch

Passamos o dia na cidade e aproveitamos para ir no Antarctic Centre, uma experiência bacana de simulação de ambientes da Antártica, como tempestade na neve congelantes, pinguins, filme 4D e uma voltinha no carro anfíbio Hagglund. Foi uma delícia ver o sorriso do Seba, parecia que tinha voltado aos 10 anos de idade. De lá fomos ao Willowbank Wildlife Reserve conhecer os big fives da NZ, pássaros típicos como o Kiwi, famoso pássaro nativo que deu nome ao povo daqui – os “Kiwi”, os Kaka, Kea, Takahae e Tuatara. O parque é bacana, um zoológico com os bichos nativos do país, alguns cangurus, ovelhas, muitos pássaros, porcos, avestruzes… fiquei um pouco decepcionada porque estava pronta para ver Kiwis, mas no entanto eles são pássaros noturnos, estavam em um ambiente fechado que simulava noite com muita pouca luz obviamente e não dava para enxergar direito. ok, ainda teremos tempo para ver mais por ai, espero!

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Vista da estrada ao descer para Akaroa

Akaroa
Depois do dia em Christchurch pegamos estrada para finalmente começar nossa aventura. Já no início, meio sem saber direito porque ou o que tinha lá rumamos para Akaroa, uma cidadezinha minúscula de estilo francês na península, a 70km de Christchurch. Só a paisagem na estrada já fez valer a pena. Espetacular! Uma mistura de campo queimado com montanhas altíssimas, árvores verdíssimas, fazendas, vacas, ovelhas, vales e rios que dava vontade de parar a cada quilômetro para tirar foto e sentar ali, horas e horas. Chegamos no final do dia e nos instalamos num camping de uma rede que tem muito por aqui chamada Top 10 Holiday Park. O preço é meio padrão e pagamos para estacionar e usar as facilidades do local cerca de 30 USD (pelo carro). Não é barato. Achávamos que ia ser algo em torno de 10 para cada um, porém essa é a média da NZ. Podíamos ter ficado num parque público onde tinha outros motorhomes estacionados e uma vista linda do lago, mas não tinha chuveiro e precisávamos de banho urgente!

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De estilo francês, Akaroa é uma cidade calma do tipo “pra se aposentar e viver em paz”!

Aqui é possível fazer diversos passeios de barcos inclusive ver baleias e nadar com golfinhos. Não fomos ainda porque estamos esperando chegar numa cidade chamada Kaikoura para realizar meu grande sonho de ver baleias!

Akaroa é rota de muitos cruzeiros que atracam ali por algumas horas. Antes de partir, acordamos na hora do check out sem tempo nem de escovar os dentes!
Segui deitada na cama enquanto o Seba dirigia para tomarmos café em frente ao lago, naquele estacionamento público que poderíamos ter passado a noite! Que café inspirador foi aquele! Essas coisas que só com a casa nas costas é possível fazer e não tem o que pague!! Na saída pegamos uma estrada “turist drive” que vai cortando as montanhas com vistas espetaculares para os dois lados, campo e alto mar!

Links úteis de vans para alugar:
Wickedcampers
Escape Campervans
Jucy
Britz
Apollo

Passeios em Christchurch e Akaroa
Hot Air Ballooning
Skydiving NZ
Orana Wildlife Park
Akaroa Dolphins

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Nunca foi tão bom dormir no carro, acordar e tomar café! Tem como não curtir?
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Que cena! Acordando no Goon! Devo estar out of my mind pra publicar essa foto, mas tá valendo pra vocês verem como a gente dormia e acordava!
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Christchurch
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A caminho de Akaroa
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Parque estilo zoológico em Christchurch, ótimo para crianças pequenas e grandes como nós!
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O papagaio-da-nova-zelândia chamado de kea é muito inteligente e pode roubar coisas dos carros de turistas desavisados, tudo por um pouco de comida!
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Igreja de Christchurch destruída no terremoto de 2011 está ainda sustentada por vigas de ferro. Imagem comum ao passear pela cidade.
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O terremoto de 2011 matou 185 pessoas e deixou Christichurch virada em escombros e vazios.
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Paisagens da Nova Zelândia

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Nosso próximo destino: Lagos e Montanhas de gelo – Lake Tekapo e Mt Cook!

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook

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