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Pelo Sul da Nova Zelândia IV

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Queenstown, a cidade adrenalina destino de muitos brasileiros

Sexto dia de estrada e acampamento. Saímos no meio da tarde chuvosa de Dunedin e cerca 5h depois chegamos ao camping do Departamento de Conservação da NZ onde dormimos (esses locais costuma ser baratos e tem uma estrutura básica para acampar). As estradas aqui na NZ não são highways, são estradas simples e estreitas, mas em ótimas condições e o melhor de tudo, praticamente vazias. As distâncias indicadas nos folhetos informativos não são proporcionais ao tempo de estrada por causa disso, pelas estradas e acessos, montanhas, curvas, vales, lagos.

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Paisagem pela estrada até Milford Sound

Normalmente demoramos um pouco mais que o de costume. No entanto, a viagem não é nada cansativa (pelo menos ainda). Quatro ou cinco horas passam voando de tão entretidos que estamos com a paisagem. Sem contar que paramos inúmeras vezes para tirar fotos. Até agora não vimos nem um acidente nem policiais nas estradas. O trânsito que pegamos é sempre de mochileiros, motorhomes e vans como as nossa.

Quanto mais para o sul e mais para a costa oeste, onde estamos agora, mais frio. Eu sabia que a temperatura ia cair, mas não botei fé de quão frio pegaríamos – algo em torno de 5ºC. Não estava mais acostumada ao frio (durante toda nossa viagem até agora, 11 meses, pegamos no máximo 30 dias alternados de frio e não muito intenso), e nem estávamos preparados para isso. Tenho umas três calças de verão, um jeans e um casaco quente que usei só na China.

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Fiordes de Milford Sound, Nova Zelândia

Garoava e o frio pegou. Estávamos no meio de uma floresta e entre algumas vans no meio da escuridão próximas ao banheiro. O banheiro era uma casinha (tipo banheiro ecológico) só que limpa e cheirosa (podem acreditar!) no meio das árvores. Durante o dia sem problemas, mas e para ir ao banheiro durante a noite naquele breu, frio e no meio do mato? Lanterna é imprescindível e mesmo assim deu um certo medo. Até agora o único incômodo que sinto de dormir na van é essa questão do banheiro no meio da noite. Ter que sair do carro, caminhar pelo camping e muitas vezes é no meio da mata, no frio não é nada confortável! Sorte daqueles que não precisam fazer xixi durante a noite. Não é o meu caso. De tanto frio que estava resolvemos esquentar uma água no nosso fogareiro portátil e comer um cup noodles mesmo e dormir. Pra terem uma ideia só conseguir pegar no sono depois de colocar casaco e gorro.

Dia seguinte amanheceu gelado e nublado. Com força saímos da cama para nosso sétimo dia de tour. Estávamos à uma hora mais ou menos de Milford Sound. Chegamos lá perto das 10h e o sol já estava brilhando para nos receber quase que como um milagre! A intenção era fazer um passeio de duas horas por entre os fiordes do Parque Natural, mas como não tínhamos reservado antes, estava lotado desde o dia anterior (reservem antes!).

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Passeio de barco pelos fiordes de Milford Sound

No porto existem cerca de quatro empresas (Real Jouney, Southern Discoveries; Juicy Cruises) que fazem os mesmos passeios, e o que difere é o tamanho do barco, praticamente. Nós acabamos indo no barco da empresa Mitre Peak do horário mais próximo, menor e um pouco mais barato, mas tão bom quanto.

O lugar é lindíssimo, o barco passa pertinho das encostas, das focas que estão tomando sol nas pedras, quase dentro das cachoeiras, chega até o encontro do mar da tasmânia e volta. Existe a opção de passar uma noite no barco percorrendo a região, mas como já havíamos feito isso na China e nosso tempo era curto para tudo que queríamos fazer, optamos pelo passeio de algumas horas.

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Saltar de paragliding foi emocionante. Voar como um pássaro!

Aventura e adrenalina em Queenstown
Pé na estrada de novo e agora o destino é Queenstown, a cidade dos esportes radicais e da aventura. Aqui tem para todos os gostos, Bungy jump de diversas alturas (aliás, o primeiro do mundo surgiu aqui), paragliding, skydive, jet boat, mountain bike, rafting e no inverno ski e snowboard… não chegamos preparados e nem com vontade de fazer nada específico e sim conhecer a cidade e as aventuras para ver se algo nos atraía (eu sou até bem conservadora e não sou muito de muita adrenalina). Os preços também são beeem salgados (como tudo aqui). Qualquer coisa é 50 dólares, como se fossem 5. Em se tratando desses esportes radicais então, 200 é troco. Dia seguinte, descansados, relaxados e com previsão de ficarmos finalmente duas noites no mesmo lugar, saímos para caminhar pela cidade, sem compromisso.

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O Seba voou também pela primeira vez e ainda deu cambalhotas no ar! Eu fiquei fora dessa!

Nossa primeira e principal parada foi o Skyline do Bob’s Peak, um pico com uma vista fenomenal da cidade. Subimos de gôndola e já lá em cima a adrenalina corria solta. Muita gente subindo com as bicicletas pra descer fazendo mountain bike, um local para descer de Luge, um carrinho sem motor que vai no embalo da gravidade e você controla no guidom, um dos vários bungy jumps está ali também e o paragliding.

Qual foi a minha surpresa quando ao chegar lá em cima e ver aquela cidade maravilhosa cercada pelo Lake Wakatipu, rodeada de montanhas inclusive as chamadas “remarkables” e senti uma súbita vontade de voar de paragliding? Nunca imaginei que pudesse sentir essa vontade e quando ela bateu, não pensei duas vezes! Vamos, rápido, antes que me arrependa. Era a hora de experimentar esse tipo de adrenalina. Rapinho, sem pensar muito, arrumamos tudo, conversamos com o instrutor e cerca de 15 minutos depois estava correndo para o salto mais arriscado da minha vida! Voar de uma montanha a mais ou menos 2000 pés! Foi minha primeira e única loucura desse estilo até agora.

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Preparando-nos para o salto da vida! Sensacional!

A sensação é de liberdade plena, voar como um pássaro, sensacional. É uma mistura de medo com êxtase e adrenalina que no fim resulta num sorriso de orelha a orelha por algumas horas e uma pequena vontade de quero mais! Acho que gostei mesmo! Valeu demais.

Passada um pouco a adrenalina do momento andamos de luge, que já não tinha a mesma graça depois de voar e saímos para caminhar na cidade e descobrir onde eram os outros esportes radicais. Muitos são fora da cidade e as empresas providenciam o transporte.

Deixo aqui os links com algumas opções de atividades na cidade, ou perto dela. Para todos os gostosos, tanto os mais tradicionais como radicais.

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Um dos diversos Bungy jumps da cidade! Esse nós passamos também! Só olhar já valeu.

AJ Hackett Bungy: saltos de 43 m, 134m, 47m

Horse Riding – Tour pelas paisagens do Senhor dos Anéis na região de Glenorchy

Canyon Swing – várias maneiras de pular com 109 m de altura, 60 m de queda livre, 200 m de swing…

Para muitas dessas aventuras existe a opção de fazer o combo, um pacote mais barato.

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Milford Sound, NZ
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Milford Sound, NZ
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Milford Sound, NZ
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Focas em Milford Sound, NZ
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Queenstown, NZ
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Esportes radicais é em Queenstown, NZ
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Mountain Bike em Queenstown, NZ
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Luge, em Queenstown, NZ
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Esse é o famoso Kiwi, pássaro nativo que deu o apelido aos neozolandeses – os kiwis.
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Como um pássaro!
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Já diria o Zeca Pagodinho: Eu vou por aí. Vou em cima do chão, debaixo do céu, qualquer lugar pra mim tá “bão”!

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Nosso próximo destino: Fox Glacier, Hokitika, Greymouth e Kaikoura!

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook

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