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Tailândia, a terra do sorriso

Arquivo pessoal
A religião na Tailândia é predominantemente budista e todos que querem aprender mais sobre ela são muito bem vindos

Como o passar dos meses, mais de 7 viajando, tenho cada vez mais certeza que as impressões que você tem sobre cada lugar depende das referências e das experiências adquiridas no decorrer do caminho. Falo isso com mais convicção depois de passar 20 dias na China e chegar à Tailândia, a terra do sorriso, e como eles mesmo estampam nas camisetas, um lugar “same, same, but diferent”, o “mesmo, mesmo, mas diferente”. A diferença cultural é estrondosa e confesso que prefiro a cultura tailandesa, que por mais diferente que seja, um sorriso estampado no rosto não faz mal a ninguém, pelo contrário, faz tudo ficar mais gostoso. Acredito que seja também porque 95% da população pratica o Budismo Theravadasegue. E não podia ser diferente, já ao entrar no avião (tivemos sorte e pegamos em Hong Kong o A380, um dos maiores aviões do mundo, da Thai Airlines, todo cor de rosa e lilás, dois andares e mais de 500 pessoas) a sensação era de entrar na terra da felicidade e da gentileza, e não foi só sensação. As aeromoças vestiam sedas tailandesas chiquérrimas, distribuíam sorrisos e com as mãos unidas e a cabeça abaixada (gesto tradicional para saudar as pessoas), elas recebiam a todos com o tradicional “sawadee ka”, “olá”, em tailandês. Claro que depois de passar maus bocados na China, ser recebido assim, foi o paraíso e a impressão maravilhosa do país começava assim.

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Os Yaks na entrada do Wat Phra Kaeo tem a missão de espantar espíritos ruins e proteger o Buda de Esmeralda

Descemos em Bangcoc para, a princípio, 2 dias que foram estendidos para 4. Brasileiros ou latinos, não tenho certeza, costumam receber o visto na entrada (não é preciso tirar antes) por 3 meses. O Seba entrou com passaporte europeu e ganhou apenas 1 mês. Fique atento porque para nós vindos da América Latina é preciso ter o certificado internacional de vacina contra febre amarela e antes de passar pela imigração é preciso passar pelo posto médico, preencher um formulário e então receber um carimbo para levar junto com o passaporte.

Bangcoc, a cidade dos anjos
Também conhecida com a “Cidade dos Anjos”, Bangcoc, temais mais de 8 milhões de habitantes e é o centro econômico, político, cultural e religioso da Tailândia. Contrasta modernidade e tradição, com arranha céus, shoppings, grandes avenidas, transporte público bom, massagens e spas maravilhosos, artesanatos de primeira, mercados flutuantes, templos budistas e palácios incríveis e uma comida espetacular, seja de rua ou em restaurantes. A cidade exala especiarias, tem cheiro de flor, é perfumada. A Tailândia é assim.

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Templo do Buda de Ouro, taxi cor de rosa e tuk tuks a espera dos clientes

Como se locomover
Tudo aqui é charmoso, colorido, elegante. Os taxis são cor de rosa e muito barato. muitas vezes pode ser mais barato o taxi que o metrô (uma corrida grande pode dar 2 euros). Os tuk tuks(taxis de três rodas)também são uma opção e muitos guias de viagem recomendam como um passeio imperdível, mas é preciso ficar esperto. Eles costumam cobrar dos turistas um preço alto pela corrida e você tem que negociar, e bem! Alguns aceitam para te levar onde quiser, mas com a condição que você vá el algum centro comercial antes, “sem compromisso para comprar nada, só para olhar” e blábláblá… Significa que eles ganham comissão do local só por levar os turistas e por isso podem cobrar um preço mais baixo na corrida. Se você não se importa de ser incomodado por vendedores indianos para comprar ternos feitos na hora, por exemplo, vale conhecer, mas se não, fuja disso que pode ser roubada.

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Vista do restaurante e sky bar do Hotel Lebua, em Bangcoc

Bangcoc do alto
Ficamos no bairro de Silom, muito bom e não muito caótico como pode ser em outros cantos da cidade. Bangcoc literalmente não é uma cidade calma. Pegamos um hotel em promoção no booking (pra variar) e depois trocamos para outro também em promoção, muito bom, chamado Heritage Baan Silom. Bem pertinho dali (fomos caminhando) está o restaurante e Sky bar do Hotel Lebua, o restaurante Sirocco, onde foram gravadas cenas do filme “Se beber não case 2”, considerado o restaurante ao ar livre mais alto do mundo (63 andares). A vista e o ambiente são de perder o ar, assim como os preços são salgados. Para subir é simples, não paga nada, mas é preciso estar vestido adequadamente. Para jantar é preciso fazer reserva com antecedência, mas apenas para gastar uma graninha e tomar um drink apreciando a vista, não precisa. Como as coisas na Tailândia são baratas, vale a pena gastar um “troco” num belo coquetel lá em cima! Caro, mas romântico demais!

Outro lugar que é reduto dos mochileiros, mas que anda muito agitado e até um pouco hostil pela quantidade de turistas e vendedores tentando ganhar dinheiro fácil é a rua Khao San Road. Lá você pode saborear as comidas de rua, ficar em hotéis baratos e gastar um dinheiro nas lojinhas e mercados de rua.

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O Buda reclinado, no Templo de Wat Po é maior que a estátua do Cristo Redentor

Mil faces de Buda
É impossível não ficar encantado com a hospitalidade e a energia que o povo tailandês transmite, além da quantidade de atrações riquíssimas que a cidade oferece.

A Tailândia nunca foi colonizada e por isso sua cultura e seus patrimônios históricos permanecem intactos. Separe pelo menos 3 dias em Bangcoc e ainda é possível que não dê tempo para ver tudo. Aqui existem mais de 400 templos budistas de uma beleza ostensiva – um com Buda todo de ouro, outro com o buda gigante deitado, outro feito de jade, muito ouro e madeira, no mais tradicional estilo tai de ser. Escolha alguns e se encante!

The Grand Palace & Wat Phra Kaeo – O Buda de Esmeralda: o complexo do Grande Palácio tem cerca de 218 mil m2 e abriga inúmeros templos, museus e construções de 1782, após o Rei Rama I subir ao trono. Não é apenas a residência real, mas também ali estão escritórios do governo e o famoso Templo do Buda de Esmeralda. O templo é um dos mais procurados na Tailândia e onde está o Buda de esmeralda achado em 1434 na região de Chiang Rai. Na época estava revestido de gesso e o nariz começou a descascar. O abade que o encontrou pensou que fosse feito de esmeralda, mas na verdade é de jade.

Atenção 1: Não é permitido entrar no Grand Palace de shorts, calças curtas que mostrem o tornozelo, blusas decotadas e etc. Eles emprestam roupas, mas o melhor é ir vestido adequadamente para evitar filas.

Atenção 2: Muitos cartazes avisam sobre os ladrões de carteira, e realmente preste muito atenção. Infelizmente foi aqui, na terra do sorriso, que fui roubada pela primeira e espero que única vez na viagem. Nada sério, perdi dinheiro, cartão de crédito e minha carteira de jornalista. Ainda bem que o passaporte não foi junto. Estava com a mochila aberta no meu peito e quando me virei para pegar o sorvete que já havia pago, em milésimos de segundos alguém viu que havia acabado de colocar a carteira ali, passou e pegou. Muito profissional, muito rápido. Sensação horrível, perdi dinheiro por um segundo de vacilo. É Sempre assim que acontece. Até na terra do sorriso os furtos acontecem. Paciência! Não é só no Brasil!

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O buda reclinado no Templo de Wat Po – com 46 metros de comprimento, nas solas dos pés, em madrepérola, estão esculpidos os 108 símbolos auspiciosos de Buda

• Wat Po: é o Templo do Buda Reclinado e fica bem próximo ao Grand Palace. O mais impressionante de todos, pra mim, e o maior de Bangcoc. O Buda foi construído em 1832 e tem 46 metros de comprimento e 15 de largura, todo coberto de placas de ouro. Os pés e os olhos são de madre pérola. Wat Po foi também o primeiro centro de educação pública do reino e hoje em dia é uma importante escola de massagem tailandesa. É possível fazer massagem com os alunos do centro por um preço bom, mas não é mais o mais barato como antigamente. Pela cidade é possível encontrar preços iguais. Fizemos massagem lá e vale a pena. Toda massagem tailandesa vale a pena!

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A pagoda central do Templo de Wat Arun tem mais de 70 metros de altura

• Wat Arun: Conhecido com o Templo do Amanhecer, fica do outro lado do rio que corta a cidade, o Chao Phraya, fácil de chegar de barco. A atração aqui é a pagoda “Phra Prang” com 79 metros de altura e outras quatro menores, uma em cada ponta. A pagoda central está decorada com mosaicos de porcelana que brilham no sol.

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O Buda de Ouro do Wat Traimitr pesa 5,5 toneladas

• Wat Traimitr: O Templo do Buda de Ouro fica em Chinatown e abriga uma estátua de 5,5 toneladas de ouro de 700 anos de idade. É fabulosa.

Se você não fizer, vai se arrepender!
Bangcoc, como muitas cidades grandes mistura o rico e o pobre. Bairros muito pobres, sujos, com trânsito caótico e ao mesmo tempo prédios, hotéis luxuosos. Tudo isso vem acompanhado de um povo muito educado, doce, delicado e com coisas imperdíveis pra fazer.

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O dia a dia em Bangcoc

• Assistir uma luta de box tailandês, o muay thai. Violento!

• Navegar pelos mercados flutuantes. Os dois mais tradicionais são Damnoen Saduak, há 90 km da capital e o Taling Chan na encosta do rio Bang Khun Si River. Nesses mercados as mulheres vendem frutas, verduras, “comidinhas” e artesanatos em barcos de madeira.

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Massagem Tailandesa, a melhor coisa que já inventaram

• Relaxar com a melhor e mais barata massagem do mundo, a tradicional Thai Massage! É muito relaxante e ao mesmo tempo pode ser um pouco dolorida (se você estiver ou for muito sensível). Em cada esquina da cidade tem spas que oferecem o serviço e a maioria com o mesmo preço. É possível fazer curso para aprender a técnica.

• Comprar barato! Tudo aqui é uma verdadeira barganha (mas não deixe de negociar) e para vá ao maior mercado do mundo, o Chatuchak, com mais de 9 mil estandes, mas que só funciona finais de semana. O inferno e o paraíso juntos! Para aqueles que querem eletrônicos, celulares, câmeras, o mais indicado é o Mahboonkrong, o MBK. Depois de gastar muita sola de sapato, vá encher a barriga na praça de alimentação com comidas maravilhosas de vários cantos do mundo, inclusive Tai, chamada “The Fifth Food Avenue”.

• Caminhar pelo Chinatown e conhecer o lado caótico de Bangcoc. Ando um pouco avessa a chineses, mas fizemos um bom passeio por lá no meio das lojinhas, ambulatens, comidinhas e é interessante. A comunidade chinesa na cidade é grande.

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Pad Thai, prato símbolo da cozinha tailandesa

Sonho gastronômico
• Experimentar as comidas de rua, qualquer uma! Diferentemente da China, os tailandeses são higiênicos e cuidadosos. Até os mais reticentes em comer na rua se sentem à vontade aqui, ou deveriam. Experiência deliciosa e picante!

A essência da gastronomia tailandesa é o pad thai, um macarrão frito que leva inúmeros ingredientes como broto de feijão, cebolinha, pimenta, tamarindo, açúcar, amendoim, camarão seco, camarão fresco, ovo, alho, limão, molho de peixe, coentro etc. Os currys de diversos tipos são tradicionais também como o green curry e red curry e tudo com muito leite de coco. Por favor, experimente a banana com leite de coco de sobremesa que pode parecer banal, mas é MARAVILHOSA! Entre frutos do mar, frango, porco e vegetais, com noodles, arroz frito ou cozido e sopas que variam entre doce, salgado, picante e perfumado, aqui é o lugar para aguçar o paladar!

Diversos lugares oferecem aulas rápidas para aprender os segredos da cozinha Thai.

Transporte
Alguns links que podem ser úteis do transporte público de Bangcoc, que varia de metrô, ônibus, trem de superfície, taxi, tuk tuks e river taxis.

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Comidinhas de rua podem ser verdadeiras refeições e são deliciosas
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Um dos muitos templos suntuosos de Bangcoc
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Um passeio divertido de tuk tuk
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Templo de Wat Arum
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A arquitetura, os mosaicos e a beleza dos templos budistas impressionam
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Os templos em Bangcoc são de cima a baixo cobertos por mosaicos
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Vista de cima da pagoda de Wat Arum
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Grand Palace ao fundo
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Yak, antiga figura da cultura tailandesa, guardiões dos templos budistas

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Nosso próximo destino: Ilhas da Tailândia!

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