13º dia. Saímos de Wellington para então começarmos a explorar o norte da ilha. A nossa dúvida sempre foi qual das duas partes dedicar mais tempo, qual seria mais interessante. Agora vamos poder dizer. Num dos milhões de folders turísticos que peguei (adoro ler o máximo possível de informações sobre tudo que podemos fazer e por isso vou pegando e anotando. Depois tenho todos os links para postar aqui. Acho que sempre ajuda.) Encontrei esse site que mostra três rotas turísticas para se percorrer (Volcanic Loop, Pacific Coast e Thermal Explorer) sempre com um cenário de filme e muitas atrações. A nova Zelândia é inteira, de cabo a rabo, cheia de surpresas e paisagens exuberantes.
Nós fizemos duas das rotas, a região vulcânica e a termal. Nossa primeira parada foi no Parque Nacional do Tongariro, o mais antigo da Nova Zelândia como 79 mil hectares e reconhecido pelo seu valor histórico e cultural, patrimônio da humanidade. Ele abriga três grandes vulcões, o Ruapehu de 2.797m, o Tongariro de 1967m e o Ngauruhoe de 2291m.
Por causa da diversidade de cenários, entre cachoeiras, rios, neve, penhascos, vales, lavas e vulcões, uma parte do Senhor dos Anéis foi gravada ali também (Mt Doom) e milhares de turistas se aventuram a escalar e fazer as diversas trilhas disponíveis todo ano.
Passamos uma noite num camping pertinho, muito bom, chamado Whakapapa Holiday Park e no dia seguinte seguimos para a base do Parque.
Nosso primeiro vulão
Essa foi nossa primeira grande trilha e escolhemos fazer a mais tradicional, porém nada fácil para quem não está acostumado. Fizemos o Tongariro Alpine Crossing Track de 19 km. Normalmente começa-se do lado oeste e termina-se no lado norte. Porém, como o Tongariro entrou em erupção em agosto e novembro do ano passado (a última vez foi em 1897), o Departamento de Conservação fechou o trajeto a partir do pico e tivemos que ir até a metade e voltar. O percurso não diminuiu e demoramos cerca de 6h30 para fazer 16km.
Comecei sem saber se aguentaria. O início é tranquilo, terreno plano e a paisagem então, nem se fala, ia entretendo a gente. Porém, depois dos quatro primeiros quilômetros a coisa foi engrossando e foi pesando. Começamos a subir pela trilha, com longas escadarias íngremes, trechos de pedras, o frio foi ficando mais intenso e a respiração mais difícil. Depois de três horas e pouco de escalada, algumas paradas e um almoço rápido, chegar ao topo compensou qualquer esforço.
Não sei como descrever, prefiro colocar as fotos. Elas dizem quase tudo, o resto, só estando lá para saber a beleza do lugar. Lagos coloridos, lavas vulcânicas, crateras, neve, fumaça e gases que brotavam do chão quente, cheiro de enxofre, enfim, uma overdose de fenômenos naturais que não temos a oportunidade de ver no Brasil. Sensação de missão cumprida com êxito mesmo com o corpo doído e os joelhos gritando.
Uma dica importante é chegar cedo se você estiver de carro como nós. O estacionamento no parque é pequeno e quando lota fecha. A única opção então é pegar um shuttle bus que parte de Whakapapa Village e custa 35 dólares por pessoa. Há a possibilidade de estacionar no acostamento da estrada e caminhar 7 km até o início da trilha. Nem pensar! Quase tivemos que fazer isso porque chegamos 8h30 e já estava com o acesso fechado. Choramos um pouco para o guarda e conseguimos passar de carro. Foi a sorte!
Como eles estão acostumados com esse tipo de turismo, é possível checar as condições do tempo e acompanhar o monitoramento dos vulcões on line .
Antes de ir vale a pena checar no site do Departamento de Conservação (Tongariro National Park) que supervisiona áreas de conservação, veículos e campings qual o status das trilhas e as opções no momento.
Seguem alguns links sobre as trilhas e expedições:
• Roam
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Nosso próximo destino: Taupo e Rotorua!
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