Segunda turma da Gastromotiva Curitiba. No meio dos alunos, de vestido estampado azul, a coordenadora da Gastromotiva, a professora Ana Paula| Foto:

Acabei de ver uma foto do chef  empreendedor David Hertz em uma das muitas reuniões que fizemos para trazer a Gastronomia para Curitiba. Incrível, na época, parecia impossível. Desistir foi o verbo que tentou encobrir a vontade de fazer acontecer. Ainda bem que a dúvida não passou de poucos segundos. E a Gastromotiva está aí.

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Por isso, fazer o registro do começo das aulas da segunda turma na Universidade Positivo é como dia de festa.

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David, que é curitibano, ganhou o mundo faz tempo com a ideia de fazer inclusão social pela gastronomia e pela educação. E nós ganhamos o projeto aqui. Trinta e oito alunos formados no ano passado que começam a escrever outra história de vida.

Neste ano, foram 620 inscrições e 50 alunos selecionados. Além de curitibanos, alguns do interior do Paraná, duas haitianas, dois venezuelanos e uma aluna da República do Congo.

Tamires, da primeira turma, foi lá dar um depoimento e fotografar – já está trabalhando na área. “É preciso se dedicar, seguir os professores e aproveitar as oportunidades que surgem”. Para ela, a Gastromotiva significa “portas abertas”.

Em Curitiba, a viabilização da Gastromotiva foi possível com o apoio do casal Tâ e Gui Barthel e da Universidade Positivo. Voluntários, empresas e conselheiros fazem parte da equipe que acreditou na iniciativa.

Rede de restaurantes

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Aqui, a rede de restaurantes que contribui mensalmente e tem a possibilidade de empregar ex-alunos é formada por 14 estabelecimentos: restaurantes La Varenne; Manu; Girassol, em Palmeira; Quintana; Babilônia Batel; Limoeiro; Bistrô do Victor; Velho Oriente; Copacabana Iguaçu; Barolo, Cantina do Délio; Cantina Vermelho Jacaré (UP); o Buffet Nova Curitiba; e Bon Vivant. Gostaríamos de aumentar essa lista. Novas adesões são muito bem-vindas.

A chef Gabriela Carvalho, do Quintana, falou sobre a necessidade de os restaurantes apoiarem a iniciativa mesmo na crise econômica que o país atravessa. Ela emprega uma ex-aluna que se identificou com os valores do restaurante. “É preciso que cada faça a sua parte”, lembrou.

Ernani Gouvêa, que é Gestor de Ensino e o co-fundador da Gastromotiva, lembrou do início com cinco alunos, hoje são mais de três mil estão formados e unidades até no exterior. “Os alunos serão testados e precisam ser aprovados. O resultado vem com humildade, paixão pelo trabalho e persistência. Não se pode ter a ilusão que tudo vai mudar de uma hora para outra”, ressaltou.