Minha afilhadinha mandou eu tomar chá de alho quando ouviu minha voz ao telefone. “Tia, é muito bom”. Não consegui, espero que ela não saiba. “Coloque um alho descascado numa xícara com água quente e quando amornar tome de glugt, glugt”. Imediatamente, lembrei do macarrão com alho, do filé alto com alho e das dicas do Alex Atala, que não custa repetir, já que mudei de endereço virtual. Achei melhor colocar o alho – famoso por suas propriedades medicinais e sobrenaturais, que exige ser domado – na comida, quem sabe resolva meu problema. Quem sabe também se não seria melhor tomar a infusão no vinho, acredite, não é piada, é o Chatêau du Garlique, ou numa cerveja. Leio no caderno Paladar sobre um fazendeiro no Reino Unido, Colin Boswell, que faz uma cerveja com o bulbo. Voltando ao macarrão e as dicas: tire o germe, que está no meio do alho; corte em pedaços iguais porque não pode queimar, isso é que dá o amargor; descarte os pedaços menores; coloque no azeite frio; quando chiar desligue o fogo, ele vai continuar cozinhando e se passar do dourado vai deixar o gosto ruim e o hálito de espantar vampiro. Não maltrate o alho, ele gosta de carinho. E lembre, quando for comprar, que a cabeça de alho deve estar firme e branca. Não sei porque nossos chefs não inventam mais pratos com ele. Fico com vontade de experimentar e comer mais alho defumado; alho assado; chutney de alho; alho negro, que é uma delícia; compota de alho…
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